Blog do Roberto Ventura
O maior inimigo de um político não são seus adversários
Costumo dizer que o maior inimigo de todo e qualquer político, não são seus adversários, mas aqueles incompetentes que se travestem de assessores, os quais tomam, na maioria das vezes, decisões importantes de forma equivocadas.
Muitos desses - assessores - não somam, não contribuem, não conseguem atender as expectativas do chefe do Executivo, do grupo político, nem da população.
Assessoria não é lugar de debutantes, de fazer experiência nem apostas, mas, lugar de pessoas que já estejam prontas e preparadas para enfrentar os grandes desafios que o cargo lhe impõe. Os assessores são os espelhos dos políticos, a porta de entrada de uma administração, eles refletem a imagem do político, principalmente daqueles que exercem mandato, seja no Executivo ou no Legislativo.
Os exemplos de políticos que caíram no ostracismo, no isolamento, no esquecimento, na desgraça política e pessoal são dos mais variados e, muitos, devido a não saber distinguir e escolher aquele que poderá gerenciar a administração pública e, consequentemente, determinadas pastas importantes no contexto administrativo.
A vaidade pessoal, a arrogância, a prepotência, a incompetência, são as principais características dessa gente que, no exercício do cargo, atuam como verdadeiros sanguessugas, parasitas e bobos da corte. Esses, põem em risco todo o sucesso e o futuro de uma administração.
Assessor que não resolve - evidentemente dentro de suas possibilidades -, aquilo que lhe é atribuído, não serve. Há assuntos que são estritamente da competência do assessor, como também existem aqueles que são estritamente da alçada do chefe do Executivo, só ele poderá resolver.
Assessor que só sabe balançar a cabeça, dizer que tudo está bem - quando as vezes não está -, na tentativa de agradar e iludir e nada resolve, esse tem que mudar de setor e ser substituído. Porque uma assessoria inoperante coloca todo um projeto de água abaixo e, assim, o resultado nas urnas poderá não ser o esperado. No futebol errou a bola pune, em política, errou as urnas punem.
Em relação a secretários municipais, esses têm, acima se tudo, de serem técnicos e políticos; não adianta, nem se admite que, em uma administração o secretário seja somente técnico ou mesmo político, tem que haver um contrabalanceamento, ou seja, ele tem que ser 40% técnico e 60% político, haja vista que, o combustível da política é o voto.
Portanto, o tempo de avaliação e experiência admissível para aquele que exerce a função de assessor ou secretário, não poderá jamais ultrapassar aos sete primeiros meses de uma administração; não se adaptou, não se encaixou, não atendeu as demandas, expectativas e exigências do cargo, esses têm que serem substituídos, para o bem da administração, do futuro do grupo político e da própria população.
Sobre o blog
Roberto Ventura: Bel. em Ciências Sociais ( Cientista Político), Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional