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Uma breve análise sobre as eleições de 2020 e o atual cenário político em Messias para o pleito de 2024 - Parte I

20/03/2024 15h03 - Atualizado em 21/03/2024 10h10
Uma breve análise sobre as eleições de 2020 e o atual cenário político em Messias para o pleito de 2024 - Parte I

Atendendo a inúmeros pedidos, pessoas as quais eu tenho o maior respeito, carinho e admiração, em respeito também ao meu histórico e conhecimento através da Ciência Política e do marketing político e eleitoral, resolvi, depois de bastante reflexão, fazer uma análise, séria, técnica, imparcial, com fatos e dados reais, sobre as eleições passadas e a próxima, agora em 2024.

Dividirei esse trabalho em duas partes para que o leitor possa entender melhor toda a dinâmica que ocorreu nas eleições de 2020 e, principalmente, o que poderá ocorrer em termos de resultado nas próximas eleições.

Primeiro, é preciso que entendamos que em qualquer situação, aqueles que detém o poder, seja ele municipal, estadual ou até mesmo federal, levam certa vantagem sobre os candidatos de oposição. Entretanto, isso não significa dizer que a vitória desse ou daquele candidato esteja assegurada.

Temos vários exemplos, dentre eles, posso citar a última eleição em Messias, em que o ex-prefeito Jarbas Omena detinha a hegemonia política local há vinte anos, mas, mesmo assim, seu candidato, Adelmo Júnior, perdeu para Marcos Silva, hoje prefeito da cidade.

A época, Adelmo Júnior tinha o apoio de dez vereadores e das mais conceituadas e importantes lideranças políticas da cidade, bem como, o apoio do governador do Estado, Renan Filho, do senador Renan Calheiros, do deputado federal Sérgio Toledo, do deputado estadual Davi Davino, além do mais, fazia uma boa administração.

Sabemos que cada eleição é uma história, e isso é fato, no entanto, Adelmo foi derrotado por Marcos Silva que, diga-se de passagem, sem a mínima estrutura política e financeira para enfrenta-lo, mas, Marcos não só o enfrentou como conseguiu derrota-los, mesmo com vinte anos no poder.

Os Omena governavam de forma centralizadora, sem ouvir seu grupo político nas principais tomadas de decisão. A forma da disputa à proporcional, onde os coordenadores da campanha - leia-se Jarbas e Luiz Emílio - optaram por ir para a disputa apenas com uma frente partidária, - o que gerou desconforto, desânimo e rompimento político de alguns pré-candidatos à proporcional -, sem falar na traição que algumas lideranças políticas sempre cometem nas eleições majoritárias - é bom frisar que essa é uma prática corriqueira em Messias - e o pior: os dissidentes passaram a apoiar Marcos Silva, fortaleceram e deram combustível a sua campanha.

Marcos - apesar de ter seus próprios méritos -, não tinha um partido para chamar de seu, tinha grandes dificuldades para formar uma chapa proporcional capaz de eleger um vereador, não possuía um palanque suficientemente forte para disputar com Adelmo Júnior, até então, não tinha o apoio de grandes forças políticas. Além dos dissidentes, justiça seja feita, o vereador Geraldo Santos, deu régua e compasso para oxigenar a campanha, ao apresenta-lo aos Albuquerque.

Além de tudo isso, os irmãos Omena cometeram alguns erros, que contribuíram para sua derrota, erros esses, que tem si tornado uma epidemia na classe política: não querer ouvir nem se aconselhar com pessoas que possuem conhecimento político, experiência, imparciais, idôneas; simplesmente passando a seguir os conselhos de analfabetos políticos, de amadores, dos fanáticos, dos picaretas, daqueles que só falam aquilo que o chefe político quer ouvir.

Adelmo Júnior é um homem pacato, simples, humilde - isso ninguém pode contestar -, mas que, não caiu nas graças de parte dos eleitores, não transmitia simpatia e confiança ao eleitorado, não tinha nem de longe, a força e o prestígio político do ex-prefeito Jarbas Omena. Além do mais, faltou a Adelmo ter o poder de decisão, de mando, quando assumiu a condição de pré-candidato a prefeito. Os Omena não lhe deram poder suficiente para fazer, decidir, opinar, demitir, contratar etc., Adelmo foi uma vítima do processo, ele ficou ‘engessado’ e, assim, sem força política junto ao eleitor.

É fato que outros fatores fizeram com que Adelmo Júnior perdesse a eleição para Marcos Silva, mas o que foi exposto acima, foram os principais motivos que o levaram a derrota.

Vale destacar que, Marcos Silva tinha e tem seus méritos próprios, sua própria identidade junto ao eleitorado de Messias, especialmente aqueles menos favorecidos que clamam por melhores condições de vida. Marcos é um predestinado que veio para governar e guiar o povo de Messias a viver melhores dias, mas isso é uma outra história que contarei na segunda parte deste trabalho. 

Para aqueles que não conhecem nada, absolutamente nada sobre a história política de Messias, sobre as peculiaridades, os vícios e costumes, o comportamento dos eleitores e, para aqueles que irão coordenar as campanhas, antes de tecer qualquer comentário, opinião ou mesmo decisão política-eleitoral, procurar saber detalhes de como se comporta e se comportou politicamente os eleitores messienses e, o que de fato ocorreu nesses últimos vinte e quatro anos. 

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