Fred Nicácio: 'Ganhar não é vencer, não há quem diga que não sou vencedor'
Médico foi eliminado na noite desta terça-feira (28) com 62,94% dos votos
O ex-BBB Fred Nicácio é o convidado de Ana Maria Braga no Mais Você desta quarta-feira (1) no quadro Café da Manhã com Eliminados". O médico, que foi eliminado da vigésima terceira edição do Big Brother Brasil na noite desta terça-feira (28), se mostrou tranquilo com a saída do programa com 62,94% dos votos.
"Ganhar não é vencer, não há quem diga que não sou vencedor", disse ele para Ana Maria Braga. "Estar no paredão é um misto entre 'ai, meu Deus' e 'graças a Deus', com chance de renascer lá fora com um novo mundo, possibilidades, amores, aventuras. Viver é isso, se arriscar, se jogar. Eu estava muito ansioso para saber como estava tudo aqui fora", refletiu ele.
Sobre a reação de Antonio Cara de Sapato por ter ficado na casa após o paredão, em que pediu desculpas, Fred se emocionou: "Super legítimo, tem que comemorar, mesmo. É bom quando alguém que é aliado seu no jogo, volta. Essa emoções devem ser acolhidas. Também achei legal o recado dele, achei legal falar coisas legais para mim naquele momento. No jogo não tem como esperar muita coisa, o reset é diário. Não dá tempo de pensar em muita coisa. Fui em direção a ele com um abraço ontem. Eu falei: 'O que é do jogo, fica no jogo'. Busquei ele para esse abraço, ali a gente conseguiu zerar qualquer outra questão que poderia ter ficado pendente".
Ana Maria Braga questionou o médico sobre a sua autoconfiança no jogo, e ele disse que ele tem muito menos do que o público imagina. "É uma coisa natural que vai acontecendo quando você vai voltando dos paredões. Isso era mais dos meus aliados do que meu. Todo mundo lá tem essa possibilidade, todo mundo tem potência de chegar na final. Mas por não sabermos de muitas coisas, como por exemplo as falsidades de Cowboy e Key, isso fazia com o que a gente acreditasse em outros resultados. Quando você volta de um personagem que era lido como muito forte e ele sai, você fica sem entender, ainda mais quando não sabe o que está acontecendo, de fato. Me senti fortalecido. Voltar de um paredão é se fortalecer. Se esse paredão fosse eu, Key e Black, talvez quem sairia seria a Key, e não eu. E talvez teríamos outra percepção do jogo. Tudo fica muito turvo e você vai deixando de entender algumas coisas que estão tão óbvias para tantas pessoas", refletiu ele.
Intolerâcia religiosa e racismo
Fred ainda lamentou a postura de Cristian, Cowboy e Key a respeito das alegações de intolerância religiosa. Para o médico, houve ainda racismo religioso por parte dos participantes.
"Nessa altura do campeonato sofrer intolerância e racismo religioso. Você ver três pessoas brancas fazendo isso. Queria ver se fosse eu com terço de Nossa Senhora se a Key ia ter a mesma reação, de falar que queria apertar o botão para sair. Existem pessoas que fazem isso, a intolerância. Duas pessoas se diziam aliados meus, que diziam que queriam estar comigo até o final do jogo".
Em conversa com Cristian, Fred foi visto fazendo uma figa com as mãos, cena que chegou inclusive a viralizar na web. O médico comentou sua reação. "Eu me protegi do ataque espiritual que ele estava fazendo contra mim. Uma pessoa que demonstrou tanta falsidade, periculosidade, armação, persuasão, jamais ia me ganhar naquele papinho furado. Eu não ia deixar de apertar a mão dele, porque seria uma falta grande para mim. Tem uma coisa que não faço que é transformar o vilão em vítima. Eu apenas me protegi como sei. Coisa que os mais velhos me ensinaram. Mandinga", disse, bem humorado.