Futebol

Presidente do PSG é acusado de corrupção junto com ex-secretário da Fifa

Al-Khelaif é acusado por dar “vantagens indevidas” à Jerome Valcke e por manipular direitos de transmissão de eventos esportivos

Por Terra 20/02/2020 17h05
Presidente do PSG é acusado de corrupção junto com ex-secretário da Fifa
Neymar com a 10 do PSG, ao lado do dono do clube, xeque Nasser Al-Khelaifi - Foto: Reuters

Nasser Al-Khelaif, presidente do PSG, e Jerome Valcke, ex-secretário geral da FIFA, foram acusados de crimes na Suíça por manipulações de direitos de transmissão de eventos esportivos. A ação foi movida pelo Gabinete do Procurador Geral da Suíça (OAG).

De acordo com as acusações, Valcke teria aceitado suborno na concessão dos direitos de transmissão, para Itália e Grécia, de algumas edições da Copa do Mundo e da Copa das Confederações de 2018 a 2030. Já Al-Khelaif, que também é presidente do grupo beIN Media Group, e um outro empresário do ramo esportivo, teriam incitado tal conduta e contribuído para uma má gestão criminal. 

Segundo declaração da OAG, Valcke teria sido reembolsado no valor de 500 mil euros (cerca de R$ 2,3 milhões) referente à compra de uma vila na Sardenha, feita por Al-Khleif através de uma empresa e não pelo dirigente. Então, o ex-secretário da FIFA teria recebido o direito exclusivo de usar a vila pelo período de 18 meses sem ter que pagar pelo aluguel, que era estimado entre 900 mil e 1,8 milhão de euros. 

Ainda, o outro empresário indiciado, que não teve seu nome revelado, teria feito três pagamento a Jerome, totalizando 1,25 milhão de euros pela empresa  Sportunited LLC. 

Isso tudo leva à acusação de gestão irregular, pelo fato de o ex-dirigente da FIFA não ter comunicado à entidade o recebimento de tais vantagens, “comportando-se de maneira contrária a seus deveres no âmbito de sua atividade de Secretário-Geral, e de ter ficado rico ilegalmente".

Havia também a suspeita de Valcke ter aceitado um relógio de luxo dado por Al-Khelaif em troca de sua influência em seu cargo na FIFA, o que não foi comprovado de fato. Como resultado, o processo em relação a essa ação foi abandonado em fevereiro de 2020.