O adiamento do jogo entre CRB e Avaí, que aconteceria na última sexta-feira (14), no Estádio Rei Pelé, ainda repercute no clube regatiano. O técnico do Galo, Daniel Paulista, falou sobre os efeitos desse adiamento pensando na sequência da competição.

- Tem as situações positivas e as negativas para as duas equipes. Sinceramente, acho que é a primeira vez que passo por uma situação como essa de um jogo ser adiado, assim tão em cima, por um motivo que, lógico que a gente sabe que não tem culpados, aconteceu. Foi uma fatalidade. Mas claro que impacta, assim, no sentido do lado psicológico, porque a equipe foi toda preparada em cima de uma estratégia, em cima de movimentos da equipe do Avaí, de jogo, em cima de movimentos de marcação. E você, na véspera do jogo, recebe a notícia de que esse jogo não vai acontecer, você tem que alterar todo o lado psicológico - explicou.

Daniel aproveitou para explicar melhor como funciona a preparação para um jogo, e justificando melhor o que pode afetar os jogadores em casos como o adiamento ocorrido:

- Porque o atleta estava concentrado para fazer a partida hoje e, de uma hora para outra, tem que o lado mental dele entender que ele voltou a ter uma semana de trabalho normal, que tem que se focar nos treinos, mas é diferente de um ritmo de jogo. Esse é o principal ponto. E ter que reformular completamente a programação dos próprios treinamentos, porque como se perde uma partida como essa, nos dois dias que eram de trabalho leve, de pequenos ajustes, de bola parada, algumas situações ensaiadas, e já teve que fazer um treino como se fosse um dia normal, dentro de um trabalho de semana. E hoje também, que seria dia de jogo, e vamos também trabalhar - disse.

Porém, o treinador sabe que o Galo já tem outro compromisso importante nesta terça-feira (18), diante da Tombense, em Minas Gerais.

- Desde a notícia do adiamento, já estamos com o pensamento em cima da Tombense, das estratégias, do jeito de jogar porque muda também a equipe, o posicionamento, o sistema de jogo, mas tenho a certeza que, contra a Tombense, vamos ter a mesma força que teríamos contra o Avaí - concluiu.