Pedro pede para ser vendido e não quer mais trabalhar com Sampaoli
Atacante voltou a treinar nesta terça-feira, mas deixou claro para a diretoria que pretende ser negociado
A volta de Pedro ao treino do Flamengo nesta terça-feira abafou um pouco da crise dos últimos dias, mas não colocou um ponto final no problema principal: o atacante não quer mais trabalhar com Jorge Sampaoli. Esse recado foi passado pelo próprio jogador ao vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, em reunião na noite desta segunda-feira.
Pedro ainda deixou claro que prefere ser negociado diante de uma boa proposta do futebol europeu. Seu nome foi especulado no Tottenham e houve uma consulta do Zenit sobre a possibilidade de envolvê-lo numa troca por Wendel, recusada na hora pelo Flamengo.
No encontro, Braz deixou claro que não existe qualquer intenção do Rubro-Negro em vendê-lo para um clube brasileiro. Há a convicção de que Pedro pode virar um excelente reforço em um concorrente, o que prejudicaria o Flamengo na briga por títulos. Uma transferência nacional neste ano também nem teria lógica, levando em consideração que o artilheiro já estourou o limite de jogos para defender outro time da Série A do Brasileiro.
A treta entre Pedro e Sampaoli é bem anterior ao soco desferido pelo preparador físico Pablo Fernández, no sábado passado, após a vitória de virada do Flamengo em cima do Atlético-MG. O atacante perdeu espaço no time principal - nem saiu do banco em dois dos últimos quatro jogos - e reclamou de covardia psicológica da comissão técnica de Sampaoli em postagem na madrugada de domingo.
O recado também tem a ver com uma discussão entre Pedro e Sampaoli, quando o argentino disse que o estilo religioso o tornava menos competitivo do que o futebol exige. Pedro se sentiu extremamente ofendido. Para completar, de acordo com o staff de Pedro, uma série de comportamentos do treinador e seus auxiliares, muito grosseiros no dia a dia, tornam o clima no Ninho impraticável.
Marinho e Arturo Vidal, recém-saídos do Flamengo, já haviam detonado publicamente Sampaoli.