Alagoas

Assomal denuncia condições precárias de trabalho dos policiais militares

Por Assessoria 15/07/2016 10h10
Assomal denuncia condições precárias de trabalho dos policiais militares
O baixo efetivo e as condições precárias dos batalhões, sobretudo, no interior do Estado preocupam a diretoria da associação. - Foto: Assessoria

Apesar da redução do número de homicídios no primeiro semestre em Alagoas, a diretoria da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) alerta para necessidade da implantação de políticas públicas que propiciem melhores condições de trabalho aos policiais militares, maiores responsáveis pelo enfrentamento da criminalidade no Estado.

O baixo efetivo e as condições precárias dos batalhões, sobretudo, no interior do Estado preocupam a diretoria da associação. Os oficiais temem que os crimes antes praticados na capital migrem para os pequenos municípios. Somente nos primeiros sete meses deste ano, 26 agências bancárias já foram assaltadas, número igual ao de todo o ano passado.

 Das 26 agências roubadas, 24 foram no interior. A Assomal denuncia que os Grupamentos de Polícia Militar (GPMs) estão com o número reduzido e o abono permanência ainda não foi implantado pelo Governo de Alagoas.

Outro fator grave é o Serviço Voluntário Remunerado, engavetado há mais de dois anos pelo Estado. Esses entraves causam uma sobrecarga de trabalho aos militares que ficam vulneráveis, trabalhando mais tempo nas ruas, sem o aparato necessário para proteger a sociedade e sujeitos a uma elevada carga de estresse que prejudica sua qualidade de vida.

Lei de Promoção

Após várias rodadas de negociação, o Movimento Unificado dos Militares de Alagoas construiu junto com o Governo de Alagoas uma Lei de Promoção justa para atender aos anseios administrativos, da instituição e de todos os militares. No entanto, mais de um ano meio se passou e as promessas do Governo para colocar o projeto em prática não foram cumpridas.

A Assomal afirma que a falta de celeridade e compromisso do Estado para honrar o acordo firmado em 2015 gera consequências danosas, influenciando negativamente no trabalho da tropa. Os militares lutam contra o tempo, enquanto as oportunidades são desperdiçadas. Mais que assegurar os direitos constitucionais, a nova Lei de Promoção daria uma injeção de ânimo na tropa.