Sesau aponta que 70% dos usuários do SUS em Maceió procuram unidades erradas
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a maior parte dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Maceió não procuram a unidade de saúde específica para realizar o seu atendimento de forma correta. De acordo com a gerente de atenção pré-hospitalar da Sesau, Cristina Calado, 70% dos atendimentos nos ambulatórios, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Geral do Estado (HGE) não deveriam ser realizados nesses locais.
“Os ambulatórios estão equipados para receber as pessoas que apresentam casos de urgência com dores de cabeça, barriga e ouvido, pressão e febre alta, vômitos, diarreia, pequenos cortes para a realização de suturas e pacientes que estejam com alguma dificuldade para respirar”, explicou a gerente.
Cristina Calado afirma ainda que “as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) possuem estrutura mais ampla para auxiliar nos atendimentos de urgência e emergência no Estado e atender casos de infarto, derrames e fraturas, além dos serviços de urgência que os ambulatórios também realizam”, completou.
Em relação ao HGE, a gerente explica que o atendimento hospitalar deve ser procurado por pacientes que apresentem dores no peito, pancada na cabeça, queimaduras, acidentes no trânsito, entre outros casos mais graves.
ATENDIMENTOS
Segundo Kelita Cortês, coordenadora administrativa do ambulatório João Fireman, são realizados cerca de 400 atendimentos por dia. E que mesmo com alto percentual de encaminhamentos inadequados todos os pacientes que chegam ao ambulatório são assistidos da melhor forma possível.
“Boa parte desses atendimentos acontecem pela desinformação da população, que não sabe, por exemplo, que os ambulatórios não possuem condições de receber pacientes com sintomas de infarto, mas quando esses tipos de casos chegam aqui, nós fazemos o primeiro atendimento para estabilizar o paciente e em seguida encaminhar para o Hospital Geral do Estado”, afirmou Kelita Cortês.
“Além disso, o paciente, sem saber, arrisca prejudicar o seu quadro de saúde ao ir a uma unidade que não irá resolver o seu problema até o fim. Será medicado e estabilizado, os sintomas irão passar, porém, caso seja algo mais grave o paciente somente terá um diagnóstico completo quando chegar ao HGE”, conclui a coordenadora.
Além de ser prejudicial para os pacientes, os ambulatórios e as Unidades de Pronto Atendimento acabam sofrendo com a superlotação e com o aumento no gasto de medicamentos e matérias correlatos.
De acordo com Cristina Calado, o que poderia desafogar os atendimentos dessas unidades de saúde do Estado seria a estruturação nas unidades básicas de saúde dos municípios, que são ligados aos serviços da atenção primaria. São nesses locais onde a população terá um acompanhamento mais próprio para seus problemas de saúde.
SERVIÇOS
Em Alagoas, a população encontra cinco Ambulatórios 24 Horas: o Denilma Bulhões (Benedito Bentes), Assis Chateaubriand (Tabuleiro do Martins), João Fireman (Jacintinho), Noélia Lessa (Levada) e Dom Miguel Fenelon Câmara (Chã da Jaqueira). Cada unidade atende as especialidades de clínica médica, pediátrica, odontológica (está presente nos ambulatórios do Tabuleiro, Jacintinho e Chã da Jaqueira), pequenas cirurgias e exames laboratoriais.
Já as Unidades de Pronto Atendimento estão atendendo a população nos municípios de Marechal Deodoro, Maragogi, Palmeira dos Índios, Penedo, Viçosa, Delmiro Gouveia, São Miguel dos Campos e em Maceió, com duas UPAs, sendo uma no bairro do Trapiche e a outra no Bendito Bentes.
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