Jovem rasga cartazes alusivos ao socialismo, agride acadêmicos e ameaça jogar bomba na Ufal
O caso foi encaminhado à Procuradoria Federal para que sejam tomadas as providências cabíveis

Integrantes de um movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na última terça-feira (4), acompanhados de uma pessoa vestida com a indumentária alusiva ao Exército Brasileiro, portando uma arma de fogo. Na ação, um dos jovens rasgou cartazes alusivos ao socialismo e intimidou os acadêmicos no prédio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), da instituição de ensino.
Após o ocorrido, um dos jovens, defensor do 'movimento', identificado por Antonio David, publicou nas redes sociais uma foto junto ao 'militar', ainda não identificado, comemorando o acontecimento. "Não somos doces, somos amargos!!!! Repressão constante e massiva. Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à (sic) tropa toda para limpar esse pandemônio". Alunos da instituição utilizaram as redes sociais para mostrar indignação e denunciar o caso.
"A coragem é o atributo dos fortes de espírito, dos que não se curvam e não se apequenam, nós nacionalistas, temos absurdamente esse substantivo feminino, aos grupelhos de "direita" leite com pera do estado e da cidade, que deixam esse antro de degenerados, que com raríssimas exceções salvam-se alguns, se procriarem dentro da instituição, aprendam o significado de coragem:
1° observação - Aos alunos que querem homenagear Bolsonaro prestando continência em fotos, façam corretamente pelo amor de Jesus Cristo !! Cotovelo na altura do ombro com antebraço, punho e mão ereta ao lado da testa, como segue o exemplo do militar ao lado.
2° observação - Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à tropa toda para limpar esse pandemônio", complementou Antonio David.
Ao tomar conhecimento das agressões, a reitora da Ufal, Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, emitiram uma nota à imprensa, onde repudiaram veementemente os acontecimentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto.
O caso foi encaminhado à Procuradoria Federal para que seja realizada uma apuração interna e tomada das providências legais cabíveis.
Confira a nota na íntegra
A reitora da Universidade Federal de Alagoas, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiam veementemente os acontecimentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto, que relatou atos de violência, intimidação, perseguição e extremismo na localidade, conforme pode ser visualizado em postagens e vídeos que circulam nas redes sociais.
Segundo informação dos estudantes e professores, integrantes do movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram ao local acompanhados de uma pessoa vestida com a indumentária alusiva ao Exército Brasileiro, portando arma, arrancando e rasgando cartazes. Uma professora, inclusive, relatou que sofreu agressão verbal e que houve ameaça de lançamento de um explosivo no Instituto.
No perfil do Facebook de um defensor do movimento, consta o seguinte: "Não somos doces, somos amargos!!!! Repressão constante e massiva. Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à (sic) tropa toda para limpar esse pandemônio".
Diante desses acontecimentos, a gestão da Universidade reitera o princípio da pluralidade e o espírito democrático, não admitindo qualquer forma de repressão, perseguição ou coação. Por isso, o caso já foi encaminhado à Procuradoria Federal para que seja realizada uma apuração interna e tomada das providências legais cabíveis
Maceió/AL, 05 de outubro de 2016.
Maria Valéria Correia - Reitora
Alberto Vivar Flores - Vice-diretor do ICHCA.
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