Alagoas

Contra a PEC 241, estudantes mantêm ocupação de unidades federais; Enem pode ser suspenso

Prazo para liberação dos campi é até o dia 31 de outubro; Enem pode ser cancelado nestes locais

Por 7 Segundos com agências 25/10/2016 11h11
Contra a PEC 241, estudantes mantêm ocupação de unidades federais; Enem pode ser suspenso
Contra a PEC 241, estudantes mantêm ocupação de unidades federais; Enem pode ser suspenso - Foto: Divulgação/7 Segundos

Em Alagoas, estudantes da rede pública permanecem ocupando campi federais contra a PEC 241 em todo o estado. Alunos lotados no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), por exemplo, continuam instalados nas unidades de Marechal Deodoro, Murici e Satuba. Em alguns locais, os manifestantes permitem que os servidores administrativos trabalhem.

A Ufal do Sertão também foi ocupada.A manifestação faz parte de um movimento nacional de espaços da educação e também visa intensificar as lutas contra a Proposta de Emenda Constitucional do governo Temer.

Além de Alagoas, outros estados também aderiram à mobilização, como Rio de Janeiro, Paraná, Tocantins, Pernambuco, Minas Gerais e Bahia. Os manifestantes são contra a PEC 241, que limita gastos públicos pelos próximos 20 anos. O Ministério da Educação (MEC) afirmou que espera que até o dia 31 de outubro todos os locais sejam esvaziados. Se isso não ocorrer, a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para acontecer nos próximos dias 5 e 6 de novembro, pode ficar prejudicada nestes locais. 

De acordo com o Ministro da Educação, Mendonça Filho, não é possível remanejar o local de realização das provas dos prédios ocupados. A solução seria realizar o exame em nova data, ao custo extra de R$90 por pessoa. O prazo de correção seria o mesmo para que os estudantes não percam o prazo de inscrição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

Ainda de acordo com o ministro, se a desocupação não acontecer, a Advocacia Geral da União será acionada pelo MEC e estudará as providências jurídicas cabíveis. Até agora, quase 200 locais já foram ocupados. O movimento não possui previsão para acabar. Informações extraoficiais dão conta de que o Ministério enviou um ofício aos reitores dos institutos federais solicitando informações sobre os ocupantes.