Alagoas

Acidentes envolvendo ciclistas diminuem em Maceió, mas ocorrências disparam no Agreste

Associação Alagoana de Ciclismo afirma que ciclovias instaladas no estado são insuficientes

Por 7 Segundos 04/11/2016 17h05
Acidentes envolvendo ciclistas diminuem em Maceió, mas ocorrências disparam no Agreste
Acidentes envolvendo ciclistas diminuem em Maceió, mas ocorrências disparam no Agreste - Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

A bicicleta se tornou popular no Brasil e ao redor do mundo. Vista frequentemente como um meio de transporte rápido, barato e “amigo” do meio ambiente, o veículo têm se tornado, cada vez mais, uma opção de locomoção para os trabalhadores. Em Alagoas, este cenário não poderia ser diferente.

Entretanto, o que preocupa aqueles que são adeptos às duas rodas é a carência de cobertura total de ciclofaixas na capital e também em outros municípios do estado, como Arapiraca por exemplo. O problema, além de causar acidentes, também dificulta a convivência no trânsito de uma maneira geral. Isto porque, na maioria das vezes, os usuários precisam desdobrar a atenção para manter o equilíbrio e desviar de obstáculos quando necessário. 

Conforme noticiado pela TV Ponta Verde – afiliada ao SBT, os números de acidentes envolvendo ciclistas em Maceió diminuíram em relação ao mesmo período do ano passado. No Agreste, no entanto, a realidade é diferente. Na capital alagoana, em 2015, foram registradas 56 ocorrências por mês e dois óbitos. Em 2016, 50 acidentes envolvendo bicicletas foram contabilizados de janeiro a junho. Nenhuma morte oficializada. Os dados são do Hospital Geral do Estado (HGE). 

Em Arapiraca, a situação preocupa. Segundo informações do Hospital de Emergência do Agreste, o número de acidentes contados foi de 106 por mês, de janeiro a agosto deste ano, nove a mais que a média do ano passado. E, quem pedala, afirma: as estatísticas são, certamente, bem maiores do que parecem. Durante entrevista para a reportagem do Jornal do Dia, o presidente da Associação Alagoana de Ciclismo, Antônio Fachinetti, afirmou que, atualmente, Maceió dispõe de 42 quilômetros de ciclovias. 

A extensão pode parecer suficiente, mas, na visão do especialista, não é. “Essa quilometragem é insuficiente e corresponde, apenas, a cerca de 5% do que a gente precisa”, falou. O ideal seria de, no mínimo, 300 km de ciclofaixas na cidade.