Governo suspende licença para exportar de 21 frigoríficos sob suspeita

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta segunda-feira (20) que o Brasil suspendeu a licença de exportação de 21 plantas de frigoríficos sob investigação na Operação Carne Fraca, mas que continuará a permitir a venda dos produtos dessas fábricas no mercado interno.
Essas fábricas exportam para mais de 30 países.
Ele declarou que as vendas dessas plantas estão sob "regime especial de inspeção", ou seja, têm a presença de representantes do Ministério da Agricultura fiscalizando os produtos.
"A garantia [ao consumidor] é que nosso sistema é forte. Estão sob suspeição, mas não posso simplesmente acabar com o nosso sistema produtivo por uma suspeição. Nos documentos sobre porque estão sob suspeita, nenhum deles está na lista por adulteração de produtos", disse. "São problemas de relacionamento de fiscais com donos de frigoríficos, não dá pra dizer que a suspeição é sobre a qualidade de produtos".
Para o ministro, no caso do mercado externo o governo corre contra o tempo para evitar perder mercados duramente conquistados.
"No mercado interno a gente tem mais controle para proteção dos nossos consumidores. Mas no mercado externo temos que correr porque não podemos permitir o fechamento de mercados, ou para reabrir serão muitos anos de trabalho", afirmou o ministro. "Nossa preocupação é não deixar sem resposta todos os pedidos".
Na sexta-feira (17), o governo federal pediu a interdição de três frigoríficos: a unidade da BRF de Mineiros (GO), de abate de frangos, e as unidades da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e em Curitiba (PR).
De acordo com Maggi, a China tomou a decisão de não permitir o desembaraço de contêineres de carne originária do Brasil. Técnicos do ministério se reunirão às 21h por teleconferência com representantes do país para conversar sobre a situação.
"[Os contêineres] poderão ser descarregados, mas não pode fazer desembaraço, essa carga não pode sair do porto e ir para o consumo", explicou o ministro. "Esperamos que com essa conversa consigamos minimizar a situação".
Em relação à União Europeia, ele afirmou que a decisão foi de suspender as importações das 21 plantas sob suspeita. "Não há nenhuma retaliação por parte dos europeus, só preocupação", afirmou.
"COTOVELADA"
Maggi disse ainda que não está claro se o comunicado do Chile sobre o tema, de decidir suspender as importações, foi referente apenas às 21 plantas ou a todo o mercado. "Vamos negociar com eles esse anúncio", disse.
Segundo o ministro, o presidente da República, Michel Temer, autorizou que seja tomada uma medida "mais dura" para negociar com o país em caso de necessidade. "Temos nossos pontos de argumento. Somos grandes importadores, como de peixes e frutas, e produtores brasileiros falam em barreiras".
Questionado se uma reação desse tipo não seria retalização, Maggi respondeu que "não tem bonzinho no comércio. "Se tiver que ter uma reação mais forte para proteger mercado brasileiro, farei e já pedi ao presidente Temer se tinha autorização para ser um pouco mais duro e ele me disse que sim".
Ele lembrou que a Coreia do Sul suspendeu as importações somente da BR Foods e que a Rússia está "observando o movimento da Comunidade Europeia". "Com a definição da Europa, começamos a clarear mais esse assunto".
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