Assembleia Legislativa de AL emite nota sobre operação da Polícia Federal; veja
Segundo a PF, suposto esquema no órgão utilizava pessoas falecidas para desviar dinheiro
A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) emitiu, na tarde desta quinta-feira (30), uma nota à imprensa sobre a Operação Sururugate, da Polícia Federal, que apura desvios de recursos públicos por meio da folha de pagamento de servidores do órgão. A casa foi alvo, nesta manhã, de ação de cumprimento de mandado judicial, referente a uma investigação circunscrita ao período de 2010-2013.
Segundo o superintendente da Polícia Federal de Alagoas, Bernardo Torres, durante a investigação, pessoas que eram utlizadas nos esquema sequer sabiam que eram funcionárias da Assembleia. “Cerca de R$ 5 milhões foram pagos a 41 pessoas que sequer sabiam que eram funcionárias da Assembleia. Cruzamos a folha do parlamento com a declaração de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e do que a Caixa Econômica pagava e constatamos várias irregularidades”, disse Torres.
Confira a nota na íntegra:
A Assembleia Legislativa foi alvo, nesta manhã, de ação de cumprimento de mandado judicial, referente a uma investigação circunscrita ao período de 2010-2013. Preliminarmente, o Poder assim se manifesta:
2- Sobre a acusação de suposta presença de beneficiários do Bolsa Família na folha de pessoal, causa espécie a constatação da falta de integração e de acesso das demais esferas de poder ao cadastro do mencionado Programa, que é de responsabilidade federal. A restrição é tanta que o próprio Congresso Nacional já discute projeto de lei pelo qual garante ao cidadão o acesso a essa listagem;
3- A atual Mesa Diretora desconhece que tenha havido qualquer requisição administrativa, visando um confronto sistemático da folha de pessoal com o cadastro do Bolsa Família. Nos últimos tempos, vem atendendo, de pronto, diversos pedidos pontuais efetuados por órgãos de investigação;
4- Ao recomendar prudência em relação às informações extraídas de contexto, a atuai mesa Diretora, por fim, vê com naturalidade a ação investigativa. Afirma encontrar-se aberta à criação de novos mecanismos de controle interno e reitera o compromisso de colaborar com O esclarecimento da verdade.
Maceió, 30 de março de 2017.