Coronel Lima Júnior atribui aumento no índice de homicídios a guerra entre facções
Alagoas registrou 600 mortes violentas nos três primeiros meses do ano
Com o registro de 600 mortes violentas nos três primeiros meses deste ano, o secretário de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), coronel Lima Júnior afirmou em coletiva à imprensa, na tarde desta terça-feira (18), que o aumento da criminalidade no Estado está atrelado à guerra entre facções, principalmente após os conflitos nos presídios no início deste ano.
De acordo com o secretário, apenas no mês de março foram apreendidas no Estado 190 armas de fogo. "A secretaria tem trabalhado forte para diminuir os homicídios, mas a situação entre as facções se agravou após os episódios nos presídios do país", disse Lima Júnior. “O problema é nacional. Estamos trabalhando duro para realizar prisões e mesmo com os números altos, estamos com um saldo positivo”, acrescentou.
Números
Os dados apontam que em janeiro deste ano Alagoas registrou 206 mortes, em fevereiro 198 e em março 196 casos, sendo este o mês de março mais violento dos últimos três anos. A contagem aponta que o estado teve em média, de janeiro até o momento, 6,67 mortes por dia. E os domingos foram os mais violentos, apresentando 118 casos, 20% do total.
Os homens entre 18 e 29 anos lideram a lista das vítimas de violência. Ao todo, eles foram 93,3% e a idade corresponde a um percentual de 50%, sendo 30% para homens entre 30 e 45 anos.
O dado que chama a atenção é para o local mais usado para se praticar os crimes: as vias públicas foram onde mais se cometeram os delitos no estado, chegando a 54% dos assassinatos. Em segundo lugar estão em residências e imediações, com 40%.
As armas de fogo foram os instrumentos mais utilizados (78,3), seguida das armas brancas (9,8%) e espancamentos (6,3%).