SSP confirma que em quatro meses 107 adolescentes foram mortos em Alagoas
                            Os novos números que retratam a quantidade de homicídios em Alagoas, durante o último mês de abril – somente divulgado nesta terça-feira (9) – revelam algo maior do que a falência dos planos de segurança anunciados para evitar a violência que tem ilutado diversas famílias no estado.
De acordo com os dados do Núcleo de Estatísticas e Análise Criminal (NEAC), da Secretária de Segurança Pública (SSP), abril encerrou com 163 homicídios. No mesmo mês do ano passado foram registrados 139 casos. Esse foi o décimo mês seguido com números crescente em assassinatos em Alagoas. De janeiro até o dia 30 de abril foram 765 mortes, contra 613 no mesmo período do ano passado.
Mas o que chama a atenção nos dados é o perfil da maioria das vítimas. Na faixa de 12 a 17 anos foram 107 jovens mortos, enquanto que 51% do total geral de assassinados integram a faixa dos 18 aos 29 anos. Em sua maioria esses jovens foram mortos a tiros.
Também constam nos dados estatísticos da SSP que este ano quatro crianças de até 11 anos estão entre as vítimas assassinadas em Alagoas.
Em Alagoas os dois dias onde mais são registrados homicídios são o domingo, com 148 mortes e o sábado com 120 vítimas.
Denominada de ‘marca’ contra a violência no estado, a Força Tarefa (policiamento militar realizado com novas viaturas e policiais que recebem um pequeno acréscimo em seus vencimentos, trabalhando nos horários que deveriam estar de folga) não tem, no sentido prático, conseguido reverter os números negativos da violência.
A afirmação é feita por delegados que integram a Delegacia de Homicídios (DH) em Maceió.
“Falta planejamento para os locais onde devem ser encaminhados esses policiais. É um policiamento motorizado que fica de lá pra cá, mas não vai aos locais críticos. Maceió tem uma peculiaridade nos assassinatos. A maioria são praticados na mesma área. Dai fica fácil fazer um melhor trabalho de prevenção”, afirmou um dos delegados que pediu para não ter o nome divulgado.
A situação mais complexa para crimes são os bairros da orla lagunar, o Vale do Reginaldo, o Clima Bom e o Complexo Benedito Bentes, onde traficantes desafiam a polícia e reprime os moradores.
A situação chega ao ponto de muitas famílias serem obrigadas a falarem onde trabalham, onde os filhos estudam e qual o dia que recebem dinheiro.
“O 181 tem favorecido a polícia desvendar muitos crimes, mas as pessoas ainda tem medo de passarem informações ou passam informações incompletas. Reconhecemos o medo das famílias, mas elas não podem esconder o que sabem, pois a qualquer hora também podem ser vítimas desses criminosos”, afirmou o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), major Rocha Lima.
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