[Vídeo]Comerciantes da feirinha da Pajuçara perdem clientes por causa de mau cheiro na orla
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A situação dos comerciantes que trabalham na Feirinha da Pajuçara, na orla de Maceió, virou motivo de denúncia. Nesta sexta-feira (12), o Portal 7 segundos recebeu a informação de que o mau cheiro causado pela decomposição de sargaço e línguas sujas na praia estão afastando a clientela no local.
As praias, motivo de atração para turistas na área do bairro da Pajuçara, agora são vistas como um problema. Isso porque o conhecido cenário da costa maceioense está repercutindo negativamente para a economia do artesanato da orla. De acordo com os comerciantes o mau cheiro tem causado o afastamento da clientela.
A artesã Vera Lúcia Menezes que trabalha há oito anos no local contou que o mau odor causado pelo acúmulo de sargaço era algo normal na região, mas segundo ela a situação piorou esse ano. Na última segunda-feira (11), a mulher passou mal após estacionar o carro na orla. “Eu fui almoçar, quando estacionei o carro que abri a porta me deu vontade de vomitar, o mau cheiro estava muito forte. Acabei desistindo de trabalhar no outro dia” relata Vera.
Outros comerciantes tem a mesma opinião que Vera Lúcia, a situação não está relacionada apenas a decomposição do sargaço, mas do esgoto que é jogado na praia. Por causa da junção dos dois, a água da praia fica turva e com aspecto poluído. “É até difícil a gente ver alguém tomando banho nessa praia, quando tem é um ou dois que consegue passar pelas algas. Os turistas chegam aqui e perguntam se é sempre assim, eu digo que não”. É o que conta José Edivaldo que trabalha com aluguel de cadeiras e caiaques na praia há dois anos.
O homem nos disse que os turistas se encantam com a cidade, mas sempre questionam a qualidade das praias. Ele disse que já viu turistas querendo investir ali, porém, acabam indo para outras regiões por causa da situação critica dos odores. “Quando a praia esta limpinha é uma maravilha, o movimento é bom, mas no contrário perco clientes direto por causa do mau cheiro, os turistas chegam olham e dizem que não é possível ficar no local", reclama José.
A limpeza da praia é feita com frequência pelos ambulantes, mas como os sargaços são puxados pelo mar fica difícil realizar a remoção. Nas últimas duas semanas período em que houve aumento de chuvas e acúmulo de sargaço, os comerciantes não viram nenhuma equipe de limpeza enviada pela prefeitura.
Maresia: a inimiga dos comerciantes
Os comerciantes que utilizam materiais como porcelana, metais e capim dourado para fabricar seus produtos estão tendo dificuldades para manter o estoque. Eles notaram que desde o inicio do ano os produtos estão perdendo a cor e ficando desgastados.
A cor do capim dourado logo fica escura e perde a qualidade de identificação. Na tentativa de ter menos produtos desperdiçados, uma vendedora de brincos feitos com o material, ensaca e expõe nas prateleiras, mas mesmo assim acaba tirando boa quantidade de mercadoria de circulação no fim do mês.
A situação também se repete com os vendedores de canecas de porcelana e vidro. Os desenhos gravados no utensílio passam de uma cor viva para um aspecto envelhecido em dias. O comerciante Paulo Victor contou que a época já não está propicia para vendas e a pouca mercadoria que tem está prejudicada.
“Aqui a gente tem que estar limpando toda hora, eu passo um pano na caneca e limpo, dai a pouco, dentro de duas horas já está escura de novo", explicou Paulo, que é a favor de um projeto para amenizar a maresia no local.
Segundo ele, o problema é tão grave que há pessoas que estão tendo que trabalhar com outros produtos por fora para colocar os objetos prejudicados em seu estado original.
Driblando a estrutura
Olhando de dentro da feirinha só teto é velho. As pilastras e os revestimentos de ferro foram pintados recentemente. Algumas artesãs bordam as peças nos corredores mais frescos, longe das barracas que ficam no centro do estabelecimento. A escolha pelas lojas mais internas tem um motivo: ficar longe da maresia.
O comerciante James Dougmas que tem uma loja em frente a praia há mais de 20 anos diz que a maresia é sua principal inimiga quando o assunto é a ferrugem que desgasta a estrutura da sua barraca. “O que for de televisão, som e até mesmo os adereços de prata que a gente usa fica desgastado. As dobradiças e cadeados então sempre estou trocando não tem jeito. Apesar de ser uma coisa ruim sei que é um processo natural, só que a gente acaba gastando mais” diz James.
Para sanar a ferrugem na parte do teto da barraca ele diz que passa tinta periodicamente porque não há outra solução. O 7 segundos entrou em contato com a assessoria da Casal, mas a companhia informou que não cuida de línguas sujas, pois o esgoto que é coletado pela Companhia vai direto para o emissário submarino. O material que chega ao mar é proveniente de galerias de águas pluviais, que não são de responsabilidade da empresa, e sim do município.
Assista ao depoimento do comerciante Paulo Victor:
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