Força Sindical se une à CUT em protestos contra Temer e convoca ato neste domingo
A Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), se juntou a outros movimentos de esquerda, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), para participar no de uma manifestação contra o presidente Michel Temer (PMDB) e reivindicar antecipação de eleições gerais diretas no próximo domingo.
Em delação, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, apontou que Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na quinta-feira, as centrais sindicais assinaram uma nota na qual questionavam a legitimidade de Temer enquanto presidente.
Linha de sucessão
Na hipótese de Temer sair da Presidência, o próximo na linha sucessória é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em uma das interpretações jurídicas, o deputado teria 30 dias para convocar eleições indiretas, na qual só os membros do Congresso Nacional poderiam votar.
Contra as reformas
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, destaca a discordância com as reformas propostas pelo Governo Federal.
"Decidimos participar porque a nossa central, como as demais, não quer ficar fora do debate político. Estamos orientando os nossos sindicatos a participar. Nossa central vai para reforçar o 'não' à proposta de reformas e em busca de soluções democráticas para o país. Os trabalhadores não podem ser esquecidos", disse, em nota.
Manifestações em todo o país
As manifestações do próximo domingo vão acontecer em diversas cidades brasileiras, como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Fora do Brasil também está programado um ato na Union Square Park, em Nova York.
Os protestos são organizados pelas entidades de esquerda Frente do Povo Sem Medo, UNE, CUT, Frente Brasil Popular e Levante Popular da Juventude. Em São Paulo o ato está marcado para 15h na Avenida Paulista.