Braskem reforça parceria para qualificar cadeia do sururu
Dando continuidade às ações do Maceió Mais Inclusiva Através de Economia Circular, o secretário de Turismo Jair Galvão se reuniu na última sexta-feira (19) com o diretor de relações institucionais da Braskem, Milton Pradines, e com a coordenadora técnica do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Jannyne Barbosa, para alinhar as contrapartidas e outras questões relacionadas à implementação do projeto. A reunião aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) e ainda contou com a presença dos representantes da equipe local do IABS, Júlio César e Moara Barbosa, e da assessora técnica da Semtur, Graziella Fritscher.
A Braskem é uma das empresas parceiras que têm dado grande apoio ao Maceió Circular, como afirma Milton Pradines. “Temos participado de várias reuniões para definir a questão das contrapartidas, pois acreditamos muito no potencial desse projeto para qualificar a produção do sururu, que é importante tanto do ponto vista cultural quanto do econômico da cidade. Esse tipo de ação faz parte do programa de responsabilidade social da Braskem, e estamos só esperando que o projeto tome uma formação mais definitiva para podermos quantificar nossa participação”, explica.
Pradines também comenta que a Braskem tem a intenção de fornecer a infraestrutura necessária para que haja o reaproveitamento das cascas do sururu, que hoje são um problema ambiental. “O objetivo é fazer com que haja um espaço adequado para a trituração desses resíduos para que posteriormente eles possam ser usados na construção civil e na alimentação animal, por exemplo”, explica o diretor.
No dia 29 de maio, está marcada uma reunião entre os representantes da Semtur, do IABS e dos outros parceiros institucionais para definir as novas etapas do projeto. Devem estar presentes David Maia, da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Ricardo Lessa, da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) e Mac Lira, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet).
O Programa
O Maceió Mais Inclusiva Através de Economia Circular tem o objetivo de fazer do sururu – marisco tradicional na culinária da capital alagoana – um alimento de alta qualidade, visando a exportação nacional e internacional. Outras metas são a qualificação das comunidades pesqueiras e a melhoria do meio ambiente, já que os resíduos do sururu serão reaproveitados para a produção de fertilizantes, material para a construção civil e alimentação animal. Para o turismo, o programa também será um diferencial, uma vez que o visitante poderá ter a experiência da cultura da pesca através da exposição das espécies no mercado e na balança do peixe, além da criação de um espaço para degustação de mariscos e pescados.
Para Jair Galvão, a iniciativa representa um divisor de águas para a população que trabalha com a pesca, considerando o alto investimento e nível técnico que será empregado. “O trabalho vai contar com consultoria qualificada, e nós vamos, de uma forma ecologicamente correta, melhorar a cadeia produtiva do sururu”, afirma o secretário. Um dos grandes pontos positivos do projeto também é a criação de emprego e renda para a comunidade da Vila dos Pescadores. “Será um trabalho de médio e longo prazos no Centro Pesqueiro de Jaraguá, resultado de um grande investimento que a Prefeitura vem fazendo para a melhoria coletiva. Vamos conseguir trabalhar o pescado, exposição e comercialização, além de tornar nosso Centro referência em todo o Brasil”, acrescenta Galvão.
O projeto Maceió Mais Inclusiva Através de Economia Circular é uma parceria entre a Prefeitura de Maceió, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Fundo Multilateral de Investimento (Fumin), e executado pelo IABS. Em março, o convênio entre essas entidades foi formalizado durante a 58º Reunião Anual do BID, que aconteceu em Assunção, no Paraguai. Além disso, ele conta com apoio de parceiros da iniciativa privada, a exemplo da Braskem e do Sebrae.