"No Brasil, o fato de você ser inocente, é ser culpado", diz Lula

Em discurso durante o encerramento do 6º Congresso Nacional do PT na tarde deste sábado (3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o pedido do Ministério Público Federal por sua condenação no caso do tríplex.
"Em qualquer lugar do mundo, a pessoa precisa ter provas para indicar ou pedir prisão. Aqui no Brasil, o fato de você ser inocente, é ser culpado", afirmou.
Lula falou logo após a senadora paranaense Gleisi Hoffmann ser eleita presidente do partido pelos próximos dois anos.
"Eu tenho uma história nesse país. Não tenho nada contra o Ministério Público, até ajudei a fortalecê-lo. O que eu tenho é contra as 'meninices' dos procuradores da Lava Jato", disse. "Eles estão desafiados a encontrar um dólar, um peso, um real de propina nas minhas contas".
O ex-presidente parabenizou Gleisi --que também é ré na Lava Jato-- e disse que os opositores do partido terão uma 'lição amarga'. "Agora que o PT está assumindo a responsabilidade, depois de 37 anos, de ter a primeira mulher presidente é que eles vão saber como esse partido será daqui pra frente, mais ousado, mais aguerrido e muito mais bonito", afirmou Lula.
Caso do tríplex
O MPF entregou, na noite desta sexta-feira (2), as alegações finais do processo em que Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no chamado caso do tríplex. O MPF pediu ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, que Lula seja condenado. Ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras.
Segundo o documento, o MPF pede a condenação de Lula pela prática de corrupção passiva três vezes e pelo de lavagem de dinheiro outras 34 vezes. A Procuradoria pede condenação à prisão, em regime fechado. Além disso, solicita a Moro que o ex-presidente pague R$ 87.624.971,26, que seria "correspondente ao valor total da porcentagem da propina paga pela OAS". O ex-presidente nega todas as acusações.
O MPF alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento tríplex no Guarujá (SP) --que seria propriedade do petista, segundo a procuradoria-- e do pagamento do armazenamento de bens, como presentes recebidos, no período em que ele era presidente. A sentença de Moro neste processo está prevista para após o dia 20 de junho, quando se encerra o prazo para a defesa do ex-presidente apresentar também suas alegações finais.
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