Polícia Federal deve indiciar vice-presidente da CBF por caixa dois eleitoral em Alagoas
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro endereços nos municípios de Maceió e Boca da Mata
A Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas desencadeou na manhã desta sexta-feira (09) a "Operação Bola Fora", com o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE/AL), em quatro residências localizadas nos municípios de Maceió e Boca da Mata.
A operação teve o objetivo de apurar se o prefeito de Boca da Mata e também vice-presidente da região Nordeste da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Gustavo Feijó (PMDB), teria recebido caixa dois para utilizar em sua campanha para prefeito em 2012. Para a execução das medidas judiciais, foi utilizado um efetivo de 20 policiais federais. Todo o material apreendido foi levado à Superintendência Regional da PF, onde será analisado posteriormente.
De acordo com o delegado Bernado Gonçalves, as entidades esportivas são proibidas por lei de financiar campanhas políticas e as investigações apontaram indícios do financiamento de cerca de R$ 2 milhões na campanha eleitoral de Gustavo Feijó, mas ele só teria declarado à Justiça apenas o montante de R$ 105 mil. Na operação, o presidente da FAF, Felipe Feijó foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. A arma apreendida foi um revólver calibre 380. Ele foi encaminhado à sede da PF, onde foi autuado em flagrante, pagou fiança e foi liberado.
Ainda de acordo com o delegado da PF, a operação teve origem a partir de investigações contra a CBF. Houve evidências de que a CBF teria repassado dinheiro para atual prefeito de Boca da Mata financiar sua campanha eleitoral. A CPI para investigações foi comandada pelo Senador Romário. Também foram verificados e-mails com índicios de compra de votos destinadas a vereadores. Em alguma mensagens eletrônicas trocadas entre o atual presidente da CBF foi constatado que a Confederação teria empregado cerca de R$ 600 mil na campanha eleitoral de Feijó.
"Iremos verificar se houve movimentação financeira com contas da CBF, porque a transação financeira destinada à Feijó pode ter sido realizada através de contas particulares de funcionários da CBF. Trabalhamos também com a hipótese de que a CBF possa ter repassado o dinheiro para a FAF e a FAF repassado para Feijó", explicou o delegado da PF Bernardes Gonçalves.
Dessa forma, a participação da FAF no esquema de corrupção eleitoral também deverá ser investigada no inquérito policial. Caso haja comprovação dos índicios, Feijó será indiciado pelos crimes de caixa 2 de campanha e lavagem de dinheiro.
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