Operação desarticula organizações criminosas e evita homicídios em Alagoas
Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão foram cumpridos em Maceió, Penedo, Nossa Senhora do Socorro (SE), Valparaíso (SP) e Piraquara (PR)
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) divulgou, em coletiva de imprensa, nessa sexta-feira (20), detalhes da Operação Quarteto que desarticulou duas organizações criminosas que atuavam em Alagoas.
A prisão dos envolvidos desarticulou um esquema que envolvia o envio de tráfico de drogas para abastecer o Estado e conseguiu ainda evitar pelo menos quatro homicídio
Durante a coletiva, o delegado Gustavo Henrique, da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, repassou detalhes da investigação e do cumprimento dos 16 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão, expedidos pela 17ª Vara Criminal Capital, que foram cumpridos nesta quinta-feira (19), em Maceió, Penedo, Nossa Senhora do Socorro (SE), Valparaíso (SP) e Piraquara (PR).
“As investigações duraram três meses e foi detectado que membros das duas quadrilhas se comunicaram. A partir daí realizamos algumas investigações e ampliamos nosso foco para as duas organizações criminosas”, disse o delegado Gustavo Henrique.
A primeira organização criminosa atuava no Vale do Reginaldo, em Maceió, e no conjunto Parque dos Caetés, no Benedito Bentes, e era liderada pelo reeducando Bruno Carlos Santana da Silva, conhecido como Alisson. O mandado de prisão expedido contra ele foi cumprido na ontem.
O grupo, conforme explicou o delegado, possuía como gerente Ary Clifton Monteiro Nascimento, o ‘Dexter”’, e tinha ramificações no Paraná, já que o fornecedor da droga que chegava a Alagoas era o reeducando Willian Fernandez Diniz, o ‘Noturno’, que está recolhido na Penitenciária de Piraquara (PR) desde 2003, pelos crimes de roubo e tráfico de drogas.
“É importante observar que, antes, o tráfico de drogas no Vale do Reginaldo era dividido de acordo com as pontes e, agora, esta organização comandava tudo, mas felizmente conseguimos prender os integrantes”, explicou Gustavo Henrique.
Já a segunda organização criminosa atuava em Penedo e em Sergipe e era liderada por Flávio Nunes da Costa, o ‘Pitbul’. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica e, atualmente, morava em Nossa Senhora do Socorro (SE), onde o mandado foi cumprido.
O gerente da organização era Leandro da Silva, o ‘Neno’ e o grupo tinha ramificação em São Paulo. O fornecedor da droga era o reeducando Fernando Cardoso Torres, o ‘Fred’, que atualmente encontra-se preso no município de Valparaíso (SP).
Além dos já citados, tiveram mandados de prisão cumpridos contra José Augusto da Silva Bruno, o ‘Gorran’; Bruno da Silva, o ‘Boca’; Marciel Barbosa dos Santos, o ‘Neguinho’, que já se encontravam recolhidos no sistema prisional.
Também foram presos Josivaldo Domingos dos Santos, o ‘Adrenalina’; Ivan Moraes da Silva, Welington dos Santos Silva, Rodrigo Paulino dos Santos, Dênis Martins da Silva, Felipe Marques do Nascimento e Diego dos Santos Temoteo, o ‘Luli’.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão, Alisson Ferreira Moura, o ‘Mancuso’, José Nathanael dos Santos, conhecido como ‘Da Lágrima’ e Valdemir Rodrigues da Silva, o ‘AK 47’, trocaram tiros com a polícia e acabaram feridos e morreram.
Foram apreendidos ainda 55 kg de maconha, 700 gramas de crack e sete armas de diversos calibres.
O secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, destacou o trabalho de todas as equipes envolvidas, parabenizou o trabalho realizado pelas Inteligências e lembrou que a desarticulação das duas organizações criminosas evitou que pelo menos quatro homicídios fossem cometidos em Penedo.
“Um reeducando fez uma ameaça de executar quatro membros dessa segunda organização criminosa e um reeducando que cumpre pena no sistema prisional e o trabalho integrado realizado conseguiu evitar essas mortes, além de combater o tráfico de drogas em Alagoas”, disse.
O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, parabenizou todas as equipes envolvidas, que conseguiram ir além das fronteiras do Estado para conseguir chegar aos alvos da operação.
“A DRN realizou um brilhante trabalho ao lado das demais equipes policiais envolvidas, o que mostra que é, sim, possível realizar trabalho integrado”, disse.
O comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, destacou a importância das ações integradas e destacou o sucesso da operação realizada, que conseguiu desarticular duas organizações que atuavam no Estado. “Eram organizações violentas; basta ver como alguns dos alvos reagiram às prisões, mas é importante parabenizar essas ações”, disse.
Participaram da operação a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), Operação Litorânea (Oplit), Asfixia, o Serviço de Inteligência e o Grupamento Aéreo da Secretaria da Segurança Pública, o 11º Batalhão, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), Denarc e COE/PM de Sergipe.
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