Fuzil e projétil em miniatura viram souvenir em Copacabana
Objetos são vendidos por R$ 5 e podem ser personalizados com nome do cliente

Cristo Redentor e o Maracanã agora dividem espaço em feiras de artesanatos com outros tipos de souvenir, mais representativos no momento atual da cidade: miniaturas de fuzil com a inscrição "Rio 2017" e réplicas de projétil. Na feirinha de Copacabana, um dos bairros mais procurados nos roteiros turísticos, os objetos são vendidos por R$ 5, e o cliente ainda pode gravar o nome no chaveiro no ato da compra.
São vendidos por dia, em média, 15 chaveiros com a miniatura de fuzil, que começaram a ser comercializados este ano no local. Não por acaso. Em 2017, o Rio de Janeiro bateu o recorde de apreensões de fuzis. De acordo com o Secretário de Segurança Pública do RJ, Roberto Sá, em outubro o número já ultrapassava 400.
"Já chegamos à marca de 400 fuzis apreendidos em outubro, sendo 83% fuzis estrangeiros", anunciou Sá durante uma coletiva no mês passado.
Objeto característico de um lugar que se vende como lembrança especialmente a turistas, o souvenir, no Rio, ganha forma de artigos que remetem à violência, deixando para trás, na preferência dos turistas, grandes ícones como Pão de Açúcar e Maracanã.
"Os gringos preferem as réplicas de balas. Acho que isso é mais diferente para eles, né?", acrescentou a vendedora.
Um dos principais cartões-postais continua sendo o Cristo Redentor, mas a imagem da cidade, atualmente, está tão associada a tiroteios e roubos constantes que o artesanato se apropriou dessa crise na segurança pública para criar novos símbolos de identificação do Rio.
"Os turistas comentam. Os chaveiros que mais são vendidos são o da bala e o do fuzil", revela a ambulante.
Questão grave, diz especialista
Para o especialista em segurança pública Paulo Storani, essa questão simbológica social é grave.
"É extremamente grave relacionar o Rio a um símbolo de violência, é reforçar a presença do fuzil na cidade, uma arma que é utilizada em guerras, por terroristas. Essa associação é muito pior do que analisar se a venda desses objetos é ou não algum tipo de apologia. A maior importância disso tudo é a representação social", analisa Storani.
Paulo ainda avalia a motivação que leva turistas a comprarem o acessório.
"A mensagem que o turista leva para casa é 'Eu estive no Rio e voltei vivo, sobrevivi'. Isso que ele leva daqui. Não é bom para imagem do Rio nem do Brasil, mas a violência é uma realidade, infelizmente".
Últimas notícias

Por unanimidade, STF homologa liberação das emendas parlamentares

Incêndio atinge quarto de pousada na Pajuçara

Prefeito de Olivença veta recursos aos blocos após aproximação de foliões com a oposição

Ex-vice-prefeito de Major Izidoro é nomeado para cargo na ALE-AL; salário chega a R$12 mil

Departamento Estadual de Aviação atua no resgate de vítimas de acidente na AL-105

Merendeira de Maceió concilia trabalho em CMEI com curso superior de Nutrição
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
