Brasil

Preso no Paraguai, traficante Marcelo Piloto retirou sinal do rosto

Por Extra 14/12/2017 15h03
Preso no Paraguai, traficante Marcelo Piloto retirou sinal do rosto
O sinal no rosto de Marcelo Piloto em foto antiga - Foto: Divulgação

Ao ser preso na manhã desta quarta-feira, o traficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, chamou atenção pelo visual bem diferente daquele que tinha antes de fugir do Brasil, há cinco anos. O bandido ganhou alguns quilos e deixou o cabelo crescer . Mas não foi só isso: o criminoso retirou um sinal que tinha no lado direito do rosto e ajudava em sua identificação. No local, Piloto está com uma mancha branca.

Marcelo Piloto estava foragido desde 2007 e foi preso na cidade de Encarnación, no Paraguai. Ele fugiu para o país vizinho no fim de 2012, após a ocupação do complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, de onde era chefe do tráfico. Desde então, usava uma identidade falsa e mudava de endereço a cada seis meses para despistar as polícias paraguaia e brasileira. O bandido foi capturado numa casa num bairro onde vivem 1.500 famílias removidas pela construção da hidrelétrica de Yacyretá, no Rio Paraná, que divide Paraguai e Argentina.

Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, Piloto alugou o imóvel há seis meses. A casa fica na localidade de Arroyo Porã, na cidade de Encarnación, a 365 km da capital do país, Assunção. A Polícia Federal também deteve, na residência, três brasileiras que estavam com Piloto. Umas delas estava dormindo com o traficante no momento em que os agentes chegaram. Outra, identificada como Raquel de Souza Moraes, tem mandado de prisão, no Brasil, por associação para o tráfico. As três saíram do Rio de Janeiro para Foz de Iguaçu de ônibus e chegaram em Encarnación de táxi. Ao todo, percorreram mais de 1.800km.

No imóvel, de três quartos, os agentess apreenderam duas pistolas, carregadores e U$ 10 mil, além de três documentos com o nome que Piloto usava no Paraguai: Marcos Lopes Correia. A prisão foi resultado de uma ação da Secretaria de Segurança do Rio, da Polícia Federal brasileira, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, da Policia Nacional Paraguaia e da agência de combate às drogas dos Estados Unidos.