Polícia

Acusado de mandar matar caseiro, ex-prefeito é solto com tornozeleira eletrônica

A soltura foi autorizada pelo desembargador Celyrdio Adamastor Tenório, que concedeu o habeas corpus

Por Redação 27/12/2017 18h06
Acusado de mandar matar caseiro, ex-prefeito é solto com tornozeleira eletrônica
Acusado de mandar matar caseiro, ex-prefeito é solto com tornozeleira eletrônica - Foto: Reprodução/ Internet

Preso acusado de ser o autor intelectual do homicídio de seu caseiro, o ex-prefeito de Palestina, José Alcântara Júnior, foi solto nesta quarta-feira (27). Ele, que é empresário do ramo da agropecuária, deixou a delegacia usando tornozeleira eletrônica.

A soltura foi autorizada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), Celyrdio Adamastor Tenório, que concedeu o habeas corpus favorecendo Júnior Alcântara.

Para o advogado de defesa do ex-prefeito, Fábio Ferraro, a soltura é uma medida de reparação ao que seria uma ‘prisão descabida’. “Ele quer responder o processo e a soltura vai facilitar a produção da defesa”, disse.

Sobre a prisão, o advogado voltou a falar que foi uma ação incorreta. “A prisão foi parte da presunção do advogado responsável pelo caso, sem provas”, afirmou.

Entenda o caso

Nessa terça-feira (26), a Polícia Civil de Alagoas, divulgou durante entrevista coletiva, que o ex-prefeito de Palestina, José Alcântara Júnior, é o mandante e autor intelectual do homicídio de seu caseiro, Zenóbio Gomes Feitosa, de 60 anos. O crime aconteceu em maio deste ano. Durante o suposto assalto, documentos que comprovariam fraudes da gestão quando ele estava à frente da prefeitura, foram levados. De acordo com a PC, o assassinato do caseiro seria para incriminar rivais políticos.

De acordo com a polícia, Júnior Alcântara e o vereador Luciano Lucena, que também está preso, são os autores intelectuais. A crime aconteceu em maio, mas só agora os responsáveis foram presos.

Segundo o delegado Mario Jorge, da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), após a morte do caseiro, o ex-prefeito entrou em contato com a polícia, pedindo que o crime não ficasse impune e que os responsáveis fossem presos. Júnior, chegou a prestar depoimento, mas a polícia não conseguiu mais detalhes sobre o caso, por não haver testemunhas. Segundo o delegado, a descoberta do envolvimento e autoria do ex-gestor foi surpreendente, já que a vítima trabalhou para ele por mais de 15 anos.

As investigações foram iniciadas logo após o crime e duraram sete meses. De acordo com o delegado Mário Jorge, o suspeito ainda tentou fraudar provas para incriminar a atual gestão. O caso foi investigado também pelos delegados Guilherme Iusten e Cícero Lima.

Foram presos Júnior Alcântara, Daniel da Silva Carvalho, José Edison Pinheiro da Silva, Thiago Correia de Brito, e Luciano Lucena de Farias.