Polícia

Servidor público é afastado do cargo acusado de fraudes no Bolsa Família, revela PF

Operação Garalhuba apreendeu R$ 17.500, um veículo e cartões do Bolsa Família

Por 7Segundos 12/04/2018 13h01
Servidor público é afastado do cargo acusado de fraudes no Bolsa Família, revela PF
Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Agnaldo Mendonça Alves - Foto: Val John/ 7Segundos

Em entrevista ao 7Segundos, o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal de Alagoas (PF/AL), Agnaldo Mendonça Alves, deu detalhes da Operação Garalhuba, deflagrada no município de Campo Grande, no Agreste de Alagoas, na manhã desta quinta-feira (12). Na ocasião, os policiais deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara Federal de Alagoas em residências e na Secretaria de Assistência Social (Semas), do município. 

Agnaldo Mendonça revelou que um servidor público lotado na prefeitura municipal — que não teve o nome divulgado — é o principal suspeito no envolvimento das fraudes de saques de parcelas do Programa Bolsa Família. Ele foi afastado do cargo por ordem judicial, mas ainda segue solto. "Algumas pessoas já foram identificadas, que neste caso também são vítimas, tinham o nome usado indevidamente, mas o total de pessoas que foram vítimas não temos. Um servidor público já foi afastado do cargo por ordem judicial, após pedido da Polícia Federal ", revelou.

E informou como atuava a organização criminosa: "A organização criminosa que está sendo investigada pela Polícia Federal tinha diversas formas de atuação. Uma delas era a inserção de pessoas inexistentes no grupo familiar, o que gerava um aumento no valor do benefício. Outra forma de atuação era a introdução de pessoas que sequer sabiam que estavam recebendo o benefício, desviado para a organização criminosa", explicou.

Ainda de acordo com as investigações, cerca de 20 pessoas já foram ouvidas e em depoimento informaram não saber que estavam cadastradas no Programa. Na operação, foram apreendidos cerca de R$ 17.900, além de um veículo e diversos cartões que eram utilizados pela organização criminosa. "O inquérito policial está em andamento. Após a deflagração da operação de hoje, as investigações continuam na Polícia Federal", concluiu Agnaldo Mendonça.