Subtenente do Exército é preso em megaoperação contra milícia no Rio
Ao todo, 42 mandados de prisão serão cumpridos hoje; milicianos obrigavam moradores a adquirir serviços de internet, venda de água e até cestas básicas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta quinta-feira (2), uma megaoperação contra uma milícia que atua no Município de Itaguaí. Um dos alvos da operação é o subtenente do Exército Marco Antonio Cosme Sacramento, conhecido como Sub, que acabou preso em Campo Grande, com o apoio das Forças Armadas.
De acordo com a Polícia Civil, o Sub é um homem forte da quadrilha, mas, no momento de sua prisão, ele alegou ser inocente e não possuir qualquer vínculo com a milícia investigada. Além do dele, mais 41 mandados de prisão serão cumpridos hoje. Também estão previstos 90 mandados de busca e apreensão para esta quinta-feira.
O objetivo da operação é desmantelar um esquema de uma quadrilha comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Até as 7h30 de hoje, três pessoas já haviam sido presas. A quadrilha é acusada de extorquir comerciantes e moradores. Segundo o jornal Bom Dia Brasil, os criminosos obrigavam moradores a adquirir serviços de internet, venda de água e até cestas básicas.
Todas as pessoas que foram detidas estão sendo levadas para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na zona norte da capital fluminense. Algumas armas também foram apreendidas na operação.
Segundo o jornal O Dia , Sub é braço-direito do policial militar Antônio Carlos de Lima, o Sargento Antônio, Toinho, Brow ou Mestre, que é lotado no batalhão de Santa Cruz (27º BPM) e umas da lideranças da milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko.
Ambos, além do ex-soldado da Polícia Militar Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené, são alvos da operação, denominada Freedom. Os agentes estiveram na casa de Bené em Paciência, na zona oeste, mas ele não foi encontrado.
Ainda nas investigações, a polícia descobriu que, além dos serviços obrigados, os criminosos que pertenciam à milícia também expulsavam os moradores de Itaguaí de determinadas casas, pegavam os imóveis e os alugavam para outras pessoas, com a intenção de lucrar.