Mesmo com Lula preso, militância do PT refuta "plano B" em convenção
A condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e a prisão em Curitiba do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foram suficientes para fazer a militância petista desacreditar na candidatura de seu líder à Presidência da República.
No sábado, a convenção nacional do PT, em São Paulo, foi a primeira desta eleição em que o candidato próprio ao Planalto não esteve presente. Lula está potencialmente inelegível, em razão da Lei da Ficha Limpa, e sua participação no pleito dependerá de uma análise da Justiça Eleitoral. Ainda assim, os militantes ouvidos pela reportagem do UOL não querem nem pensar na possibilidade de um "plano B" e têm certeza de que o nome de Lula estará entre as opções apresentadas pela urna eletrônica no dia 7 de outubro.
Todos as pessoas entrevistadas, apesar das nuances de opinião, se disseram a favor da estratégia do PT. Apostam que a Justiça Eleitoral permitirá que o ex-presidente concorra de fato.
Os entrevistados se mantiveram firmes em seus posicionamentos mesmo quando questionados sobre o que farão caso o cenário não se concretize. Nenhum dos militantes com os quais o UOL falou revelou qual seria um nome preferencial para substituir Lula.
Foram poucos também os que opinaram abertamente sobre possíveis candidatos a vice. Manuela D'Ávila, do PC do B, e Ciro Gomes, do PDT, foram mencionados, mas o discurso predominante era o de acatar a decisão do partido, seja ela qual for.
Por enquanto, o PT faz mistério sobre quem será o parceiro de chapa de Lula e quando seu nome será anunciado. Por dúvidas jurídicas, alas do partido se dividem entre apresentar o nome do vice até esta segunda-feira (6), prazo final sugerido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ou no dia 15 de agosto, limite para o registro das candidaturas e prazo usado em outras eleições para a divulgação das chapas completas.