Câmara se compromete em votar reajuste de servidores somente após audiência de conciliação na Justiça
A Câmara Municipal de Maceió se comprometeu mais uma vez em não colocar em votação a Mensagem do Executivo que reajusta em 3% os salários dos servidores de Maceió até o resultado de uma reunião de conciliação entre a categoria e a prefeitura, marcada para a próxima semana, no Tribunal de Justiça do Estado. O encontro que selou mais este entendimento do Legislativo com os trabalhadores aconteceu em reunião nesta terça-feira (14), na Associação Comercial, em Jaraguá, onde as sessões ordinárias acontecem, provisoriamente, até que cheguem ao fim as obras de adequação do Plenário da nova Casa, no mesmo bairro.
“É sempre importante lembrar que o Legislativo não tem poder para dar ou retirar percentual de aumento para os servidores. Porém, também é necessário que a sociedade e os próprios trabalhadores lembrem que o nosso compromisso é tentar buscar o melhor caminho para esse impasse. Na semana passada, nos reunimos com o prefeito Rui Palmeira para buscar uma saída, um aumento maior para os servidores, mas o gestor foi taxativo em dizer que os cofres públicos só podem conceder o reajuste de 3% já anunciados. Nos encontramos com os servidores também na semana passada, passamos para eles o que ouvimos de Rui Palmeira e firmamos o acordo que só votaríamos após o assunto ser discutido em assembleia pela categoria. Agora, fomos mais uma vez procurados pelos trabalhadores que nos pediram para que não votássemos a matéria até que haja uma posição da Justiça na reunião de conciliação que vai acontecer entre Executivo e os servidores. Aceitamos a proposta e, novamente, nos posicionamos pelo entendimento. Mas também dissemos aos representantes dos trabalhadores que vai chegar um momento que não poderemos mais postergar a votação”, declarou o presidente da Câmara, Kelmann Vieira (PSDB).
Em greve há quase um mês, os trabalhadores viram o Executivo levar a questão para a Justiça que acabou por decretar a legalidade da paralisação e determinar que os trabalhadores mantenham as atividades funcionando em 50%, como prevê a legislação. De acordo com os sindicatos, eles não têm aumento real há quase dois anos. A negociação se esgotou depois que não houve entendimento entre o percentual pedido pelos trabalhadores, 14%, e os 3% dados como reajuste pelo Executivo. A mensagem que aumenta os valores dos salários foi lida na semana passada em sessão ordinária da Câmara, mas ainda não foi deliberada pelos parlamentares, como explica o líder do governo na Casa, vereador Eduardo Canuto (PSDB).
"Surgiu fato novo que é a reunião de conciliação entre a categoria e os servidores. Diante disso, o presidente Kelmann Vieira encaminhou um entendimento com os trabalhadores. Nos reunimos com os servidores e firmamos mais um compromisso de só votar a matéria de reajuste após o resultado da questão na Justiça, na semana que vem. Entendemos o anseio dos servidores, mas lembramos, mais uma vez, que dar ou deixar de conceder esse ou aquele reajuste não é prerrogativa da Casa. Também quero registrar, como líder do governo na Câmara, o empenho do presidente Kelmann em fazer o que estiver ao alcance do Legislativo para buscar bom termo ao impasse", declarou Eduardo Canuto.
Veja também
Últimas notícias
Homem cai de moto ao tentar fugir da polícia e é detido com maconha em Arapiraca
Mulher é presa por agredir filho com cabo de vassoura em Delmiro Gouveia
Pai é preso após agredir filha com pedaço de madeira no Benedito Bentes
Execução e cárcere privado: casal é atacado por facção rival no Jacintinho
Dólar cai para R$ 5,40 com reunião do Copom e mercado externo
Moraes anula decisão da Câmara que manteve mandato de Zambelli
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
