Ciro diz que estuda tributo provisório sobre grande movimentação financeira

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta terça-feira, em entrevista à TV Record, que estuda propor um tributo provisório sobre grandes movimentações financeiras, caso seja eleito, para tentar resolver o problema das contas públicas no país nos primeiros anos de governo.
Questionado sobre uma possível volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), encerrada em 2007, Ciro afirmou que o tributo era ruim, mas poderia propor uma outra versão.
"A CPMF é ruim. Eu estou estudando, não está decidido ainda, um tributo sobre grandes transações financeiras, que pode ser necessário para superar o gravíssimo colapso das contas públicas brasileiras", afirmou.
A CPMF foi criada em 1997 em substituição ao Imposto sobre Movimentação Financeira, de 1993, e durou até 2007. Na mudança, os recursos arrecadados passaram a ser destinados apenas à União, já que as Contribuições, ao contrário dos impostos, não são por lei divididos com Estados e municípios. Ao contrário da proposta do candidato, incidia sobre transações de qualquer valor.
Ciro tem dito que, se for eleito, irá zerar o déficit fiscal, calculado para 2019 em 139 bilhões para o governo central e 132 bilhões para o setor público. O novo tributo, segundo ele, seria transitório. O candidato não deu detalhes sobre tempo de duração ou a partir de que valores seria aplicado.
Questionado sobre as dificuldades do mercado financeiro em aceitar sua candidatura, Ciro voltou a dizer que tem uma longa história na política e nunca cometeu "nenhum desatino", e defendeu a necessidade de mudanças para melhorar o ambiente de investimentos no país, mas voltou a criticar o mercado e os bancos.
"Tem um pedacinho do mercado que se atribui de forma arrogante o direito de tutelar a nação, e esses são os especuladores. Infelizmente esses são os meus adversários", disse. "Hoje saiu também os dados dos bancos. A economia toda indo para o vinagre, o comércio fechando, a indústria fechando, o povo desempregado, e os bancos tiveram 41,6 bilhões de lucro no semestre."
JUDICIÁRIO
Ciro voltou a criticar o Ministério Público e o Judiciário. Para o candidato, o MP, que seria um órgão técnico e deveria "seguir a lei, proteger os direitos difusos, a lei, a legalidade, a decência, a moralidade", não está fazendo.
Já no Judiciário, diz, há uma politização clara.
"Que há uma politização do Judiciário brasileiro isso até as pedras do caminho estão vendo", afirmou, criticando ainda o fato dos julgamentos no país serem transmitidos pela TV.
"Eles (os juízes) devem tomar decisões às claras, mas não diante das câmeras. Porque o lobismo, os grupos de pressão, essas coisas todas, não são justiça. Justiça é a interpretação severa, e por isso os juízes têm garantias. São intocáveis para decidir inclusive no contrassenso, em afinidade com a lei", argumentou.
Últimas notícias

Saúde recomenda cuidados com a pele durante exposição ao sol no Carnaval

Casal assalta farmácia no bairro Jacintinho e é flagrado por câmeras, em Maceió

Saiba os serviços que irão funcionar na Quarta-Feira de Cinzas

Primeira edição do ‘Bloco da Gente’ faz história no Carnaval de Maragogi ao arrastar 10 mil foliões

Flávio Bolsonaro aciona TCU contra Lula por uso da rede nacional de rádio e TV

Grupo Unicompra assume gestão dos supermercados Bompreço em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
