Apesar de o Dia dos Pais aquecer as vendas, agosto registrou queda no consumo
Data movimentou cerca de R$ 30 milhões, mas quando comparado com julho passado, indicador reduziu 2,75%

O Dia dos Pais contribuiu para o aquecimento das vendas durante o mês de agosto, conforme acentua a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada em parceria com o Instituto Fecomércio AL.
Apesar dos dados coletados para a capital alagoana demonstrarem uma leve retração do consumo comparado ao mesmo período de outros anos, a data movimentou cerca de R$ 30 milhões apenas para presentear a figura paterna da família.
Mesmo com esse volume, o período não foi suficiente para elevar o consumo das famílias no mês. Quando comparado a julho passado, houve redução de 2,75%. Já em relação a agosto de 2017, a série histórica demonstra um consumo 31,96% maior.
O assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, reforça que este é o segundo mês de queda consecutiva do consumo. “O mês dos namorados e o mês dos pais não surtiram efeito para estimular a demanda por produtos ou serviços na região. Então, naturalmente há uma queda do consumo. E em agosto, essa queda se deve à redução da perspectiva profissional, que foi de -7,5%”, explica.
De acordo com o economista, embora tenha ocorrido essa redução, os consumidores estão mais confiantes na manutenção de seus postos de trabalho, o que fez esse indicador subir 1,4%. “Se há redução na perspectiva de melhora profissional, que sugere a manutenção dos salários, os consumidores tornam-se mais receosos, buscando se endividar menos”, avalia Felippe.
Outro fator tão importante quanto a sinalização de que não haverá melhora dos salários até o final do ano, é a própria renda do consumidor e seu poder de compra. Comparando agosto deste ano em relação ao ano passado, as famílias da capital sentiram seu poder de compra ser reduzido em 6,8%. “A greve dos caminhoneiros explica porque atingimos a meta de 4,5% de inflação neste ano já no mês de agosto, resta saber se iremos ultrapassar o teto da meta de 6% nestes 4 meses restantes”, explica Rocha ao analisar o contexto geral.
Por estarem cautelosos, os consumidores da capital utilizam menos o meio de compra a crédito. Entre agosto de 2017 e este, houve redução de -4,7% na aquisição de crédito. “O que explica porque os dados sobre o endividamento e inadimplência tem diminuído mesmo com uma alta taxa de desemprego em Maceió (16,6%)”, ressalta.
De acordo com a pesquisa, mesmo com os consumidores evitando o crédito, estando mais receosos e com a sensação de que tudo está mais caro do que no ano passado, o consumo, em comparação a agosto de 2017, foi 1,3% maior. Além disso, boa parcela desse consumo foi realizada à vista.
Para os quatro últimos meses de 2018, os cidadãos de Maceió esperam comprar 0,6% menos do que compraram no mesmo período do ano passado. Claro, este valor poderá encerrar o ano positivo, já que as contratações se ampliam a partir de setembro, o que pode motivar o consumo na região.
A aquisição de duráveis tem sido menos demanda e, no intervalo de um ano (agosto 2017 a 2018), os consumidores adquiriram 2,1% menos produtos duráveis.
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