Anacrim quer investigação do Conseg em caso de abordagem truculenta contra advogada
A vice-presidente da associação em Alagoas teve seu carro revirado indevidamente durante ação policial

A Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) quer que o Conselho de Segurança de Alagoas (Conseg) investigue a denúncia de abordagem truculenta realizada por uma guarnição da Cavalaria da Polícia Militar contra a vice-presidente da associação em Alagoas, Fernanda Noronha. A advogada crimininalista teve seu carro revirado indevidamente por nove militares no dia 1º de abril, no conjunto Eustáquio Gomes, parte alta de Maceió. Uma reunião é realizada na manhã desta segunda-feira (7) com membros da Anacrim, da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas e do Conseg.
O presidente nacional da Anacrim, James Walker, cobra apuração rígida sobre o caso e afirmou que criou uma comissão interna, “composta de grandes juristas do Brasil para reverberar este caso” que, segundo ele, será levado ao Conselho Federal. “Temos uma vice-presidente que foi violentamente agredida e violada nas suas prerrogativas de advogada na condição de mulher por uma guarnição da Polícia Militar. Senhores militares, os senhores estão sufragando à redução da condição de mulher, os senhores autorizaram e naturalizam que o cidadão comum, observando a prática de policiais militares, achem natural práticas violentas contra a mulher”, diz o presidente em vídeo publicado nas redes sociais.
Manoel Passos, presidente da Anacrim em Alagoas, espera que o Conseg seja o órgão responsável pela investigação da abordagem, do contrário, o caso será apurado pela Corregedoria da Polícia Militar. “A Anacrim nacional já entrou em contato com o Conseg para pedir apuração séria e rápida. Estou acompanhando de perto e diuturnamente este fato com toda a diretoria para que ele seja apurado com total isenção que é peculiar ao Conselho de Segurança”, finaliza.
A advogada criminalista vítima da abordagem truculenta denunciou o caso no mesmo dia em que o fato ocorreu e registrou um Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes. De acordo com o seu relato, ela foi ao Eustáquio Gomes atender a um cliente que está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Ao ser chamado pela advogada, ele foi até a porta de casa, perímetro legal do monitoramento, quando foi abordado pelos policiais.
A criminalista se apresentou como advogada do rapaz, afirmando que os policiais deveriam respeitar a constituição, já que seu cliente usava tornozeleira, mas não tinha nenhum mandado de prisão contra ele. Ainda assim, o cliente autorizou que a polícia entrasse em sua residência para uma revista. Em seguida, segundo Noronha, os policiais invadiram seu veículo sem a sua autorização e vasculharam a bolsa, sua carteira e seu celular, além de proferir palavras de baixo calão, diminuindo a categoria dos advogados.
Veja também
Últimas notícias

Último vídeo de entregadora antes de morrer em acidente com caminhão comove Maceió

Presidente do Equador sofre tentativa de assassinato, diz governo

DMTT celebra formação pioneira com equipe própria e reforça compromisso com a segurança viária

Senadora Dra. Eudócia preside audiência sobre financiamento de pesquisas e terapias inovadoras contra o câncer

Deputado Fabio Costa vota a favor de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil

Alfredo Gaspar tem projeto de segurança para táxis e apps aprovado
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca
