Endividamento dos maceioenses tem redução de quase 2%
Mais de 98 mil consumidores da capital estão endividados e com dificuldade de pagar as contas em dia
Após dois meses seguidos de alta do endividamento, os consumidores da capital alagoana quitaram algumas contas e houve redução de 1,95% na contração de dívidas, no mês de abril. É o que indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência de Maceió (PEIC) realizada pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Dos 205 mil endividados da capital, 98.420 estão endividados e com dificuldade de pagar em dia suas contas. Desse grupo [98 mil], houve um aumento de 3,88% entre os meses de março e abril. “O nível de inadimplentes também aumentou na análise mensal, cerca de 4,91%. Existem, agora, cerca de 50 mil consumidores inadimplentes, em Maceió ante a 48 mil em março”, afirmou o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismos do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha.
Na variação anual, comparando com o mesmo mês do ano anterior, os consumidores estão 9% mais endividados. Porém, estão atrasando menos contas, cerca de 2% e; estão 21,47% menos inadimplentes; o que significa que estão mais disciplinados do que em relação ao ano anterior.
O cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelas dívidas contraídas pelos consumidores de Maceió (84,1%), seguido pelo uso dos carnês de loja (16%).
Do grupo de 98 mil pessoas que estão endividadas e pagando suas contas em atraso, 47,8% afirmaram que existem outros membros da família passando pela mesma situação. Os 52,2% restantes informaram que apenas ele (a) está tendo dificuldade de pagar suas contas em dia.
Em relação aos 50 mil já em condição de inadimplência, 16,9% afirmaram ter condições plenas de quitar suas dívidas já no mês seguinte. Para 16,3%, o pagamento será apenas parcial, e o restante (51,3%), não há condição alguma de renegociar suas dívidas.
Dentre os consumidores com contas em atraso, o período das dívidas em atraso tem sido de cerca de 78,2 dias. No geral, o tempo médio de endividamento tem sido de cinco meses, ou seja, se uma dívida for contraída hoje, o cidadão tende a ficar livre apenas em outubro. Por último, a parcela da renda comprometida com a renda tem sido muito baixa, diminuindo as chances de inadimplência, apenas 19,2%, na média.