Alagoas realiza coleta do DNA de acusados de crimes hediondos e sexuais
Dados vão integrar o cadastro nacional de acusados de crimes violentos contra a pessoa e hediondos, facilitando a identificação dos infratores
O sistema prisional alagoano realizou, nesta quarta-feira (19), a coleta do DNA dos custodiados que se encontra na Casa de Custódia da Capital (CCC). A ação faz parte da parceria entre a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a Perícia Oficial do Estado, que busca criar um cadastro das informações genéticas dos acusados de crimes violentos contra a pessoa e crimes hediondos. Os dados irão integrar o cadastro nacional, facilitando a identificação dos infratores.
Conforme a gerente de Saúde da Seris, Ten. Jaqueline Leandro, a Casa de Custódia da Capital já é a quinta unidade prisional a realizar a coleta. Os reeducandos do Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ), presídio feminino Santa Luzia, Presídio do Agreste e Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) já tiveram os dados genéticos colhidos.
“A coleta desses dados vai facilitar a identificação dos infratores, impedindo que ocorra erro na identificação dos suspeitos. Os dados farão parte de um cadastro nacional. A previsão é que na próxima semana já inicie a coleta nas demais unidades prisionais. Alagoas é o quinto estado a integrar o cadastro nacional”, afirma a gestora.
O exame do DNA é feito por meio de um kit enviado pelo Governo Federal, que é utilizado para a coleta por via oral, utilizando a saliva e as células da cavidade bucal. A partir desse material é realizada a extração do DNA e traçado o perfil genético do reeducando.
Segundo a chefe do Laboratório da Perícia Oficial, Rosana Coutinho, a coleta de dados, além de seguir a prática já utilizada em outros países, é um importante instrumento de auxílio no andamento das investigações criminais. “A utilização do cadastro é importante para verificar se o acusado é reincidente, pois o perfil genético dele já estará lá. Também vai ajudar nas investigações, pois vai ter um banco de dados para se confrontar os dados com todos os estados do Brasil, podendo ser checado até mesmo pela Interpol”, ressaltou Rosana Coutinho.
A meta é realizar a coleta das informações genéticas de dois mil e quinhentos custodiados até novembro deste ano.