Há quase um ano, o presidente do Partido Socialista e Liberdade de Maceió, Basile Christopoulos lançava sua candidatura a governador de Alagoas. Em sua primeira caminhada em um pleito eleitoral, o psolista propôs a resolução de problemas históricos e angariou mais de 56 mil votos no estado.

Fazendo uma campanha mais próxima da população no interior e em diversos bairros da capital, Basile obteve destaque em debates e entrevistas, enfatizando a má gestão de recursos públicos. 

Em Maceió, o percentual de votos chegou a 8% , ou seja, mais de 30 mil eleitores apostaram no Doutor em Direito Tributário, que até então nunca havia se candidatado a nenhum cargo. Apesar disso, o alagoano sempre foi ativo na política, defendendo causas sociais e marcando presença em encontros para debater políticas públicas. 

Durante 45 dias de campanha ativa, Basile trouxe aos olhos do público, a importância de um planejamento eficiente para gestão orçamentária, e a valorização da opinião pública nas decisões políticas. Com esses aprendizados nas eleições passadas, Basile diz que hoje se sente ainda mais próximo das problemáticas do estado, em especial do seu município, Maceió, que sofre com desordens socioeconômicas.

Desde então, tem acompanhado o desenrolar de obras públicas, aplicação de recursos na saúde, educação para entender como pode contribuir com ideias que reflitam os anseios da sociedade e por fim melhorar a qualidade de vida dos maceioenses.

"A campanha é o momento em você aprende muito, e a gente pode conhecer ainda mais Maceió. Constatei tudo que conheci a vida inteira né, uma cidade abandonada onde as feiras livres estão abandonadas, em que as pessoas perderam até a fé e a esperança de viver em uma cidade melhor. A gente tem que resgatar isso nas pessoas", comentou Basile.

Para tanto desequilíbrio, Basile atribui uma grande falha na educação, a base para todos os pilares. Na busca pela melhoria desse cenário está acompanhando de perto as decisões políticas, para construir propostas em cima das pautas emergenciais, que na maioria das vezes passam quase que imperceptíveis aos olhos dos governantes, como já explicava na campanha passada.

“Normalmente, os políticos entendem que são iluminados e sabem quais são os problemas do povo, mas na verdade precisamos conversar com as pessoas…”, disse em pleito eleitoral, durante entrevista ao portal Diário do Poder.

Um exemplo mais recente de um grave problema enfrentado por boa parte da população maceioense retrata esse descaso do órgão municipal. Os moradores do Mutange, Bebedouro, Pinheiro e Bom Parto passaram meses sem respostas concretas sobre o fenômeno que deixou rachaduras e afundamentos em várias casas e áreas públicas dessas regiões.

O tremor de terra registrado em 2018 desestabilizou socialmente a região, e acabou virando motivo de protestos por toda cidade. Acompanhando de perto a situação, Basile diz que mesmo antes da apresentação dos relatórios, a situação já demandava mais agilidade devido a situação fragilizada das famílias, muitas sem recurso para realizar mudanças.

"Assim como essa situação urgente especialmente no Pinheiro, muitos outros problemas já passaram do prazo de serem solucionados. O abandono é evidente e frustra a população que antes tinha orgulho de viver nessa cidade. Infelizmente com tanto descaso, esse sentimento se perde. Merecemos uma vida digna, um bom trabalho, mais atenção. Nossa cidade precisa ser refeita", finalizou.

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