Maceió

Atraso de escolas privadas ameaça alunos do bolsa família

Nenhuma delas tem feito o controle de presença desses alunos.

Por Assessoria 15/07/2019 17h05
Atraso de escolas privadas ameaça alunos do bolsa família
Escolas particulares de Maceió não estão atualizando as frequências de alunos que recebem o Bolsa Família. - Foto: Assessoria

Mais de 400 escolas particulares de Maceió recebem alunos beneficiários do Programa Bolsa Família de transferência de renda, do Governo Federal, mas praticamente nenhuma delas tem feito o controle de presença desses alunos.

Segundo Josefa Quirinô, uma das responsáveis pelo controle da frequência escolar do programa na Secretaria Municipal de Educação (SEMED), a falha é dos diretores das escolas “Essas instituições devem vir até a SEMED buscar o bloco de chamada dos alunos e geralmente não o fazem. Como as escolas estão todas registradas no sistema do Ministério da Educação, é necessário que façam sempre essa atualização para o sistema do MEC, mas já tem tempo que isso não acontece” afirmou.

Com isso, o risco dos pais desses alunos terem o benefício bloqueado por falta da comprovação de presença nas aulas, já que um dos requisitos mínimos para continuar participando do programa é o mínimo de 85% de frequência na sala de aula, para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, e de 75%, para adolescentes de 16 e 17 anos.

“As escolas demoram a vir buscar a lista de frequência e o sistema do MEC entende que o aluno não está indo às aulas. Com isso, chega um momento que o responsável vai sacar o Bolsa Família e recebe um aviso de bloqueio. Ele vai à escola e, frequentemente, os gestores emitem uma declaração só para aquele pai ou responsável. Mas seria muito mais prático para todos se, ao invés disso, não houvesse o bloqueio com a devida atualização da frequência” explicou Josefa.

Josefa Quirinô ressalta que, além disso, a Coordenação da Frequência do Bolsa Família da SEMED gerencia também a frequência de alunos beneficiários em 103 escolas estaduais que funcionam em Maceió, 90 escolas municipais e do Instituto Federal de Alagoas (IFAL). “Isso evidencia a necessidade desse autogerenciamento por parte das escolas particulares no que diz respeito ao repasse das informações”, explica.