Países que apoiam Guaidó apostam nas sanções dos Estados Unidos
Guaidó agradeceu no Twitter pelo apoio dos chefes de Estado
Os países que apoiam o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, apostam nas sanções dos Estados Unidos (EUA) a Caracas para provocar a queda do regime de Nicolás Maduro, informou o chefe da diplomacia peruano.
"Sabemos que terão um impacto real no regime [do presidente venezuelano, Nicolás] Maduro e esperamos que permitam a saída deste regime o mais rápido possível", disse Néstor Popolizio aos jornalistas, no final da conferência internacional realizada na capital do Peru para debater a situação da Venezuela.
"Convido-os a renovar o nosso apoio ao presidente Juan Guaidó", que se proclamou chefe de Estado em 23 de janeiro, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, na abertura da conferência, um dia depois do agravamento das sanções econômicas ao regime venezuelano pelo governo norte-americano.
Ausente, Guaidó agradeceu no Twitter "aos democratas do mundo unidos pela Venezuela", destacando que foram colocados em prática "a pressão e o apoio necessário para materializar a mudança" no país. "Teremos sucesso", escreveu.
Os Estados Unidos, seguidos por cerca de 50 países, foram os primeiros a reconhecer Guaidó como presidente interino. Washington e a União Europeia, desde então, intensificaram as sanções contra os líderes venezuelanos.
Além de uma delegação dos EUA, liderada pelo secretário do Comércio, Wilbur Ross, e pelo conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, participaram da reunião delegados do Vaticano, da França, Alemanha, do Reino Unido, da Austrália, Coreia do Sul, de Israel, dos Emirados Árabes Unidos, da África do Sul e de 18 países da América Latina.
Não participaram da conferência representantes da China, Rússia, de Cuba e da Turquia, que apoiam Nicolás Maduro.
Vários países da América Latina, reunidos no Grupo de Lima, defendem, como os Estados Unidos, pressões diplomáticas e económicas para forçar o presidente Nicolás Maduro a convocar eleições e permitir uma saída negociada da crise.
Em 30 de abril, um grupo de militares declarou desobediência ao regime de Maduro e decidiu apoiar o presidente do Parlamento, o opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país e já reconhecido por meia centena de países.
Os militares apelaram à população para sair às ruas em apoio à oposição.