Crianças desenvolvem "síndrome do lobisomem" após remédio contaminado
A doença, considerada rara, afetou 50 pessoas desde a idade média
Dezesseis crianças espanholas foram afetadas com a "síndrome do lobisomem" após a ingestão do remédio omeprazol para tratar problemas de refluxo, que estava contaminado. O Ministério da Saúde, Consumo e Bem-estar Social espanhol informou através de um comunicado oficial a retirada de 23 lotes do medicamento importado pela empresa Farma-Química Sur S.L.
Os medicamentos produzidos na índia foram contaminados com "minoxidil" - um remédio destinado para tratar calvície. Porém, sua fórmula deveria ser composta apenas por omeprazol, medicamento utilizado para o tratamento de condições em que ocorra muita produção de ácido no estômago, como úlceras gástricas e refluxos.
De acordo com o jornal Granada Hoy, a fórmula contaminada é apenas a do lote infantil, não contendo risco de desenvolvimento da síndrome em adultos que utilizam omeprazol. O número de farmácias afetadas apenas em Granada, no Sul da Espanha, passa de 20.
A agência de vigilância sanitária da Espanha informou que a Farma-Química Sur S.L teve seu registro suspenso. Os sintomas da síndrome nas crianças começaram a cessar assim que o uso do medicamento foi interrompido.
Um caso da síndrome foi registrado no Brasil em 2014, quando a jovem Kemilly Souza, na época com apenas 3 anos de idade, passou por cirurgia para a remoção da grande quantidade de pelos no corpo.
O que é a síndrome do lobisomem?
A hipertricose, popularmente chamada de "síndrome do lobisomem", é uma condição rara que provoca o crescimento excessivo de pelos por todo o corpo. A doença não possui cura e o tratamento indicado é a depilação frequente, geralmente realizada a laser, além de acompanhamento psicológico para ajudar as pessoas afetadas a lidarem com a síndrome.