Menino negro é barrado em shopping após seguranças o confundirem com pedinte

Seguranças do shopping Bourbon, em São Paulo, impediram um menino negro de 11 anos de entrar no local na última quarta-feira (25). O caso aconteceu pelo fato de os funcionários acharem que o garoto era um pedinte.
Na ocasião, G.L.V. estava com a mãe e com a irmã de 2 anos. Ao chegarem na porta do shopping, a mais nova deixou cair um brinquedo no chão. Então, G. voltou para buscar o objeto enquanto a mãe e a irmã seguiram para dentro do estabelecimento.
Ao tentar ir ao encontro da família, o garoto foi impedido pelo segurança Bruno Carlos dos Santos Silva. O menino chegou a pedir licença para o funcionário, mas recebeu como resposta apenas um “não”.
Enquanto ele tentava passar, outro segurança que não foi identificado ajudava para que ele não conseguisse adentrar o local. Após se dar conta do que estava acontecendo, a mãe do menino voltou para fora do estabelecimento e questionou a postura dos funcionários.
Em resposta, os seguranças teriam apenas pedido desculpa e dito que muitas crianças da região vão ao shopping para pedir dinheiro. Para a mãe, eles teriam afirmado que acharam que o garoto estaria sozinho e na mesma situação e que, por isso, o barraram.
Em entrevista ao blog, Aline Cristina Lucas Santos, mãe do garoto, afirmou que o menino estava muito feliz naquele dia, por ser um dia de folga da mãe e por ele ter acabado de fazer uma carteirinha do Sesc (Serviço Social do Comércio).
“A gente foi comer um lanche e resolvemos fazer um passeio. Na hora [que G. foi barrado], eu fiquei um pouco paralisada. Muita gente ficou olhando e eu fiquei um pouco sem graça. Mas aí eu fui num banco dentro do shopping e liguei para o meu irmão. Aí ele falou ‘aciona a viatura’. Aí acionei a viatura e abri o boletim de ocorrência”, afirmou.
O registro por discriminação em relação à raça foi aberto por Aline no dia seguinte. “Ele ficou bem chocado. Depois desse ato ele não quis nem ir pro shopping. Não teve passeio. Ele falou que foi o pior dia da vida dele. Ele me perguntou: ‘Por que criança pobre não pode entrar no shopping’?”, disse a mãe.
“Eu fiquei pensando: e se meu filho não estivesse comigo do lado dele? Ele não ia entrar no shopping?”, questionou Aline. “O shopping está alegando que eles abordaram meu filho por acharem que ele estava sozinho. Mas não convence. Dois seguranças pra uma criança de 11 anos? Eles fizeram um escudo no meu filho. Eles não perguntaram pra ele: ‘Cadê sua mãe’?”, finalizou a mãe.
A reportagem entrou em contato com o shopping para questionar sobre o treinamento dos seguranças e sobre a situação dos funcionários que praticaram a ação. Até o fechamento desta reportagem, o estabelecimento ainda não tinha se posicionado. Quando os questionamentos forem sanados, as respostas serão incluídas no texto.
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