“Tratar da eleição de 2022 agora é suicídio”, diz Rodrigo Maia
Nega planos para governar o Rio diz ter ‘bom diálogo’ com Bolsonaro e pede responsabilidade de pré-candidatos

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste domingo (27.out.2019) que tratar da eleição de 2022 por agora “é 1 suicídio coletivo” e cobrou “mais responsabilidade” dos pré-candidatos à sucessão de Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Maia negou que o racha no PSL, partido do presidente, vá atrapalhar as votações em andamento no Congresso Nacional.
“Ninguém vai votar contra o eleitor. Suicídio na política eu nunca vi”, declarou.
Eis os principais pontos da entrevista ao Estadão:
Reforma administrativa
“O resultado da Previdência marca 1 novo tempo na política. Então, quando a gente fala na reforma administrativa como segundo item [da pauta], já vem na cabeça de muitos: ‘Vai cortar salário’. E não é isso. O eleitor que vai votar em 2020, 2022 está contra esse Estado, que cobra muito, serve pouco e ainda tira dele. Não podemos esquecer que o salário do servidor público federal, na média, é o dobro do setor privado”.
Reforma tributária
“Não é possível que a gente, vendo o que está acontecendo no Chile, ache que a reforma tributária não seja urgente. Não é economizando R$ 800 bilhões em 10 anos que vamos ativar a economia. A reforma tributária estimula o investimento e é a mais importante para garantir o crescimento sustentável”.
Óleo nas praias do Nordeste
“Temos de cobrar do governo a estrutura necessária para que tragédias como essa sejam evitadas. E pensar no que pode ser feito no curto prazo pelo Parlamento para reduzir o dano de famílias que vivem do turismo”.
Nova política
“Essa preocupação em construir 1 governo de coalizão eu tive até abril, quando vi que o presidente não tinha interesse. Estou convencido de que, para o Parlamento, tem sido muito melhor assim do que com 1 governo de coalizão. Governo de coalizão reduzia a nossa importância. Hoje, a nossa preocupação em não entrar em pautas-bomba é muito maior do que foi no passado. Se estamos reduzindo despesas de 1 lado, fica estranho votar projetos que aumentem gastos de outro”.
Relação com Bolsonaro
“A gente está tendo 1 bom diálogo, transparente, aberto. O tema das armas, por exemplo, eu sou contra, mas vou pautar. Não sei qual a maioria que o governo tem para as armas, mas vou cumprir minha palavra”.
Eleição em 2022
“Converso com o Luciano Huck, com o João Doria e com todo mundo. Não está na hora de tratar de eleição. Nós estamos com a desigualdade social e a pobreza aumentando e preocupados com eleição? Espero que o motivo de uma eventual reeleição (de Bolsonaro) seja o de que o Brasil mudou, e não a polarização com o PT, ele contra Lula. É tão difícil você avaliar quem vai ter condição de ser candidato a presidente. Agora, se você me perguntar se eu pretendo ser candidato a governador do Rio, eu respondo: ‘Não’. Gosto de ser deputado (risos)“.
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