"O pior ainda está por vir", afirma Bolsonaro sobre vazamento de petróleo
Bolsonaro também disse que está inclinado a deixar o Partido Social Liberal (PSL)
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que o "pior ainda está por vir" a respeito do vazamento de petróleo que em mais de três meses afetou 200 praias do litoral do Nordeste.
"O que chegou até agora e o que foi recolhido é uma pequena quantidade do que foi derramado. Então o pior ainda está por vir, não sei se na costa do Brasil, se bem que as correntes, tudo indica, que foram para a costa do Brasil. E como é um petróleo com uma densidade pouco superior à água salgada não vem por cima, vem por baixo, pode ter passado pelo Brasil e retornado para a costa africana", disse Bolsonaro em uma breve entrevista ao canal Record.
As manchas de petróleo começaram a aparecer na Paraíba há mais de três meses e desde então foram observadas nos mais de 2 mil quilômetros que compõem o litoral nordeste, incluindo o arquipélago de Abrolhos.
As autoridades anunciaram na sexta-feira que o principal suspeito pelo vazamento é um cargueiro de bandeira grega que se abasteceu no porto de José, na Venezuela. Bolsonaro insistiu que "todos os indícios levam para este cargueiro grego" e acrescentou que parece ter sido um "vazamento criminoso".
De acordo com o presidente é possível esperar "uma catástrofe muito maior que está por ocorrer por causa deste vazamento". Na área política, Bolsonaro disse que está inclinado a deixar o Partido Social Liberal (PSL), pelo qual foi eleito presidente há um ano e com o qual protagoniza uma disputa interna há algumas semanas.
"Acho muito difícil assumir o comando do partido (PSL), meu sonho é criar um partido", disse. O objetivo, afirmou o presidente, é ter o novo partido para participar nas eleições municipais de 2020.