Litoral

IMA promove educação ambiental nas piscinas naturais da Pajuçara

Jangadeiros e banhistas são orientados com informações para preservação do ecossistema marinho

Por Ascom IMA 07/02/2020 14h02
IMA promove educação ambiental nas piscinas naturais da Pajuçara
A equipe do IMA esteve nas piscinas naturais da Pajuçara, nessa quinta-feira (6), para levar informações sobre preservação aos jangadeiros e banhistas - Foto: Ascom IMA

O passeio às piscinas naturais são parte do roteiro turístico de Maceió, mas para as visitas é importante respeitar o ambiente marinho. A equipe de Educação Ambiental do Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) esteve nas piscinas naturais da Pajuçara, nessa quinta-feira (6), para levar informações sobre preservação aos jangadeiros e banhistas. Também houve apreensão de alimentos inadequados dados aos peixes.

Parte do projeto Nossa Praia, a ação nas piscinas naturais tem como objetivo sensibilizar a população sobre os cuidados necessários com o ambiente marinho. Os jangadeiros são orientados a adequar seus serviços de modo a respeitar o ecossistema, enquanto os banhistas são questionados se receberam informações para preservação da área. 

Para Andréa Izidro, técnica do setor de Educação Ambiental do IMA, as ações de sensibilização têm apresentado mudanças nos passeios. “Notamos que os jangadeiros já não jogam mais âncoras nos recifes, eles prendem a embarcação na corda colocada pelo IMA, mas ainda há questões que precisamos avançar”, aponta a bióloga que apreendeu pão e ração dada aos peixes por banhistas.

É prática comum que os jangadeiros e, principalmente, fotógrafos incentivem os banhistas a lançar ração e migalhas de pão aos peixes, como forma de atrair um cardume. Entretanto, este hábito é prejudicial para o ambiente. 

Para Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA (Gerco), esta prática está diminuindo a biodiversidade da área. “Dentro das áreas das piscinas naturais, a única espécie que se aproxima dos humanos é a que chamam de sargentinho. Por alimentar esse peixe, a reprodução do sargentinho está elevada, expulsando outras espécies da área. A biodiversidade da região diminuiu e também mudou o comportamento da espécie mencionada, pois ela já não sai para buscar comida”, revela. 

O trabalho do setor de Educação Ambiental do IMA com os jangadeiros tem progressão lenta, pois interfere em práticas passadas por gerações. Os resultados são apresentados através do acompanhamento com os trabalhadores. Além das visitas às piscinas naturais, anualmente o IMA promove um minicurso de conscientização ambiental com jangadeiros.