Trabalhadores denunciam ao MPT irregularidades em empresa de telemarketing
Grupo de cerca de 50 empregados relatou que a Almaviva efetua pagamento de salários abaixo do mínimo vigente

O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu cerca de 50 empregados da empresa de Telemarketing Almaviva, na tarde da última segunda-feira, 10, em Maceió, que procuraram a instituição para denunciar uma série de abusos cometidos pela empresa. Os relatos das irregularidades foram formalizados em reunião conduzida pelo procurador Cássio Araújo.
De acordo com as informações colhidas, a Almaviva paga mensalmente aos novos trabalhadores o valor de R$ 850 - remuneração abaixo do valor mínimo vigente. Após passar pelo período de experiência, o salário é reajustado para R$ 954 – continuando abaixo do salário mínimo. Ainda segundo a denúncia, uma funcionária contratada em outubro de 2019 recebeu o valor mensal de R$ 816 durante três meses.
Na reunião realizada no MPT, os empregados informaram que os trabalhadores dispensados não recebem a diferença salarial nas suas rescisões contratuais e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e as férias não são calculados sobre o valor do salário mínimo. Os trabalhadores comparecem ao MPT acompanhados do vereador Siderlane Mendonça.
Os trabalhadores, pela natureza da atividade, têm direito a intervalos para descanso e alimentação, divididos em 10 minutos (descanso), 20 minutos (alimentação) e 10 minutos (descanso). De acordo com a denúncia, os supervisores da empresa possuem, como meta, que a ida dos funcionários ao banheiro seja feita nesse tempo de descanso legal, sob a ameaça de advertência aos trabalhadores.
Situações em que trabalhadores aguardam em salas degradantes
Os trabalhadores da Almaviva, que prestam serviços a diversas empresas, também relataram outro fato: sob o argumento de que precisam aguardar por treinamento, eles ficam separados em uma sala até serem liberados para realizar a capacitação e voltar às atividades. O detalhe, segundo os relatos, é que os empregados passam toda a jornada de 6 horas diárias de forma totalmente ociosa, sem qualquer conforto e sem direito a utilizar celular ou livros, por exemplo. Há relatos de operadores de telemarketing que passaram meses cumprindo a jornada laboral nessas condições.
Uma das regras também cobradas pela Almaviva, que passaria a valer a partir de 1º de fevereiro deste ano, é que um médico da empresa deve validar os atestados com mais de 5 dias de afastamento.
O Ministério Público do Trabalho registrou oficialmente as informações recebidas e anexou as denúncias a procedimentos investigativos contra a empresa, que já estão em andamento. Diante dos fatos, o procurador Cássio Araújo irá avaliar que medidas irá adotar para coibir as irregularidades.
Últimas notícias

MP denuncia delegado e agente da PC por peculato e fraude em uso de verbas indenizatórias

Rodrigo Cunha prestigia abertura do Festival Municipal de Quadrilhas Juninas em Jaraguá

Núcleo de Orquestra Jovem de Maragogi faz apresentação no povoado São Bento

Semarh prevê continuidade das chuvas em Alagoas durante esta terça-feira (17)

Mulher presa por homofobia em shopping faz novo ataque um dia após deixar prisão

Fiscalização: PRF inicia Operação Corpus Christi 2025 em Alagoas
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
