Projeto visa bem-estar de recém-nascidos no Hospital da Mulher
Lançamento ocorre nesta quarta-feira; reeducandas do sistema prisional confeccionam artigos
A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) segue trabalhando para fortalecer o caráter educativo da pena e evitar a reincidência. Nesse sentido, a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Seris desenvolveu o projeto denominado “Fios de esperança: linha infantil artesanal do sistema penitenciário alagoano”. Além de oportunizar a qualificação profissional das reeducandas do Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia, a iniciativa visa o bem-estar de recém-nascidos em unidades da rede pública de saúde por meio da doação de artigos em crochê confeccionados no próprio complexo penitenciário.
O lançamento do projeto acontece às 10h desta quarta-feira (19), no Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira, no bairro do Poço, em Maceió, em solenidade que vai contar com as presenças do secretário executivo de Gestão Interna da Seris, tenente-coronel Marcos Henrique do Carmos, e do secretário da Saúde, Alexandre Ayres. Além de quadros para decorar as portas do setor de maternidade, também serão doados toucas e “polvos de crochê”.
Para o secretário da Ressocialização e Inclusão Social, o “Fios de esperança” é mais uma prova de que a gestão prisional está no caminho certo. “Cumprimos o que prevê a Lei de Execuções Penais. E estamos indo além do processo de ressocialização na medida em que o artesanato produzido pelas reeducandas também vai beneficiar os bebês nascidos em hospitais e maternidades da rede pública”, atesta o secretário, destacando também a escolha pelo Hospital da Mulher, unidade inaugurada em setembro do ano passado e que, com 127 leitos, tem capacidade para 127 mil atendimentos por mês.
Idealizado pela Fábrica de Esperança – que funciona no sistema prisional e reúne várias oficinas profissionalizantes –, o projeto Fios de Esperança se baseia em relatos de pais e profissionais de saúde sobre o uso do “polvo de crochê” para acalentar recém-nascidos, ajudando a normalizar respiração e batimentos cardíacos, além do nível de oxigênio no sangue.
Ao abraçarem o brinquedo, os nenéns associam os macios tentáculos ao cordão umbilical, recordando o período em que estiveram aquecidos e seguros no útero materno. Muito mais que um brinquedo, o polvo é um instrumento terapêutico e possui especificidades para a confecção: os tentáculos não podem passar de 22 centímetros de puro algodão, a fim de se evitar o risco de alergias e infecções. Já a cabeça do polvo precisa seguir um tamanho padrão, de 8 a 14 centímetros, com todos os pontos sendo bem cobertos para impedir que os bebês coloquem os dedos nos buracos.
Experiência internacional
Projeto semelhante já foi implantado na Dinamarca, onde um grupo de voluntários prepara doações para dezenas de hospitais. Nascido em 2013, o referido projeto logo conquistou vários outros países, como França, Alemanha e Estados Unidos, chegando ao Brasil em 2017. Hospitais de São Paulo, por exemplo, também já adotam o método, em razão das evidências de melhoras significativas em bebês prematuros.
E foi para também contribuir com a saúde dos pequeninos que a Seris passou a desenvolver uma linha específica de produtos infantis na oficina de crochê e bordado da Fábrica de Esperança, cujo principal objetivo é combater a ociosidade e fomentar a autoestima das mulheres privadas de liberdade – que, por meio do trabalho no cárcere, também acabam despertadas para o empreendedorismo.
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