Ibovespa atinge maior perda diária desde Joesley Day; circuit breaker acionado
O circuit breaker foi acionado às 10h40

A segunda-feira começou vermelha no Ibovespa com o impacto da onda global de pessimismo arrastando o índice local para a maior queda desde o Joesley Day. O circuit breaker foi acionado às 10h40, quando a queda atingiu 10% aos 88 mil pontos.
O mau humor internacional com os impactos imprevisíveis do coronavírus sobre a economia foi amplificado com a decisão da Rússia de abandonar o acordo de corte de produção com a Opep. A reação saudita, líder do cartel, foi declarar uma guerra total de preços com anúncio de desconto maior que o preço de referência Brent nas exportações da commodity pela estatal Saudi Aramco (SE:2222). O objetivo saudita é passar a disputar participação de mercado a qualquer preço com russos e produtores de shale oil dos EUA.
A disputa derreteu os preços, com um tombo de mais de 20% para a casa dos US$ 30 o barril. A decisão saudita durante o fim de semana pegou os mercados - já abalados pelo vírus - de surpresa, em uma tempestade perfeita que derrubou os ativos de risco e deu suporte aos porto-seguros.
Enquanto o dia é pesado nos EUA, com quedas de cerca de 5% nos futuros do S&P 500, Dow e Nasdaq, o pregão promete ser mais animado no Brasil.
O Ibovespa abriu com um tombo de maide 9% aos 88.943 pontos às 10h25, menor valor para o índice desde maio de 2019. O recuo acompanha o desempenho do ETF de ativos brasileiros negociados em NY, o EWZ, que cedia 10% logo antes da abertura.
Veja o desempenho dos principais ativos neste começo de pregão
Petrobras - A petroleira é uma das principais impactadas pelo pânico no mercado global de petróleo e os papéis preferenciais PETR4 (SA:PETR4) afundam 24,4% para R$ 17,26, enquanto os ativos ordinários PETR3 (SA:PETR3) cedem 24,61% para R$ 18,15. A PetroRio, também do setor, desaba 36,51% para R$ 22,50, mínima do dia até agora.
Bancos - O ambiente negativo também cobra seu preço sobre os ativos do setor financeiro, que passam por forte reprecificação. O Itaú (SA:ITUB4) abriu com perdas de 5,06%, enquanto o Bradesco (SA:BBDC4) perde 4,65% e o Banco do Brasil (SA:BBAS3) recua 5,77%. O Santander (SA:SANB11) cai 5,07%.
Varejo - As principais varejistas do Ibovespa e queridinhas dos investidores dos últimos anos acompanham o momento negativo com tombo de 12,33% na Magazine Luiza (SA:MGLU3) e 23,01% na Via Varejo (SA:VVAR3). C&A (SA:CEAB3) perde 8,98%, Natura (SA:NTCO3) opera com perdas de 9,47% e Carrefour (SA:CRFB3) recua 6,8%.
Mineração e Siderurgia - A Vale (SA:VALE3) acompanha o tombo com perdas de 10,78%, com ambiente ainda piorado com notícias de deslocamento no talude de Gongo Seco. Entre as siderúrgicas, CSN (SA:CSNA3), Gerdau (SA:GGBR4), Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Usiminas (SA:USIM5) caem entre 11,94% e 14,67%.
Exportadoras - Nem o dólar nas alturas ajudou o ambiente das exportadoras, para quem ainda pesa mais forte a expectativa por uma desaceleração global. A moeda americana encostou nos R$ 4,80 na abertura desta segunda-feira. A Embraer (SA:EMBR3) perde 6,91%, enquanto JBS (SA:JBSS3), Marfrig (SA:MRFG3), Minerva (SA:BEEF3) e BRF (SA:BRFS3) perdem até 13,78%.
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