?Com mais de 160 audiências, TJAL inicia ‘Semana da Justiça pela Paz em Casa’
De acordo com o juiz José Miranda, mutirão também faz com que as pessoas reflitam sobre violência doméstica contra a mulher

O Judiciário de Alagoas iniciou, na manhã desta segunda-feira (09), a primeira Semana da Justiça pela Paz em Casa de 2020. No Juizado da Capital, mais de 100 audiências cíveis e criminais estão previstas. Em Arapiraca, 60 foram pautadas. A força-tarefa vai até sexta-feira (13).
Durante os cinco dias de mutirão, serão julgados processos criminais variados, e de medidas protetivas, que são de natureza cível. No Juizado da Capital, quatro juízes atuarão por dia. De acordo com o juiz auxiliar da unidade, José Miranda Santos Júnior, além de julgar os processos, o objetivo da semana é chamar atenção para a causa, fazendo com que as pessoas possam refletir sobre o combate a violência doméstica contra a mulher.
O magistrado explica que o trabalho das redes de proteção e de enfrentamento são a longo prazo, e que nem sempre os números da violência contra a mulher refletem a realidade do Estado. “A gente tem que avaliar a situação não apenas em números, é importante isso. Nós somos um Estado pobre e muito machista, em que a dependência econômica, psicológica e moral da mulher ainda é muito forte”.
“É um tipo de delito mais difícil de combater, porque na maioria das vezes acontece dentro de casa, na dor do silêncio. Maceió já está criando uma rede de proteção boa, com a participação do poder público, mas no interior ainda é muito frágil, a mulher se sente abandonada, é mais difícil para ela denunciar.”, continua.
Miranda reforça ainda que é importante que qualquer violência doméstica ou contra a mulher seja denunciada. “Essa não é uma luta homem contra mulher, é uma luta de quem combate a violência contra quem é violento. Não é apenas as mulheres, são os homens, os vizinhos, quem respeita as mulheres deve denunciar a mulher agredida”, salienta o juiz.
A Semana da Justiça pela Paz em Casa é promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e ocorre 3 vezes ao ano, em datas significativas para o combate à violência doméstica: no começo do ano em março, devido ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8; em agosto, na programação da campanha Agosto Lilás; e em novembro, em alusão ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, comemorado no dia 25.
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