Saúde da Família contribui para reduzir mortalidade infantil
Pesquisa mostra ainda resultados na diminuição da evasão escolar

A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem contribuído significativamente para a redução da mortalidade infantil e da evasão escolar no Brasil. A conclusão consta do estudo Impactos da Estratégia Saúde da Família e Desafios para o Desenvolvimento Infantil, lançado hoje (10), pelo Núcleo Ciência pela Infância, que é integrado pela Fundação Bernard van Leer, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Insper, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Harvard.
Organizada pelo economista Naercio Menezes Filho, vinculado à USP e ao Insper, a pesquisa identificou que a presença de uma equipe de ESF nos municípios é capaz de produzir uma queda gradual na taxa de mortalidade infantil. Os resultados já podem ser observados a partir do segundo ano de atuação dos profissionais, variando de 3% a 9%.
No terceiro ano de atendimento, a diminuição fica entre 6,7% e 14%, sendo ampliada para uma média que varia entre 20% e 34% no oitavo ano. Conforme cita o pesquisador, pode-se dimensionar o decréscimo ao se considerar a redução de 49,2% na taxa de mortalidade, atingida ao longo de 25 anos, no mundo. A estratégia foi implementada no Brasil há três décadas.
Ainda de acordo com a pesquisa, o sucesso na queda da mortalidade infantil é proporcional à cobertura da ESF e é mais evidente nas regiões Norte e Nordeste do país. Ao todo, para redigir o estudo, Menezes Filho apreciou aproximadamente 50 artigos científicos, todos publicados em periódicos de excelência.
O economista afirmou que o documento foi feito para sinalizar aos governantes que a prioridade deve ser propiciar as mesmas oportunidades a todas as crianças. "Senão, elas não conseguem realizar seus projetos", disse, acrescentando que a atual geração "nem-nem" (que não trabalham nem estudam) é fruto da negligência do Estado no passado. Ao todo, de acordo com os pesquisadores, 61% das 18,4 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade vivem sob alguma situação de pobreza ou de saneamento e moradia precários.
O estudo também aborda o impacto da ESF no refreamento da evasão e de atraso escolares. Em locais onde as ações chegam, a permanência na sala de aula melhorou principalmente entre crianças com idade entre 7 e 9 anos e com 12 anos.
O serviço também provocou avanços no contexto do atraso escolar. Nesse caso, quem mais se beneficiou pela ESF foram alunos com idade entre 7 e 10 anos.
Veja também
Últimas notícias

Domingo de natação em Penedo promete movimentar orla do Barro Vermelho

Em parceria com Hospital Santa Rita, prefeitura inicia mutirão de cirurgias e atende mais de 300 pessoas

Homem morre em grave acidente na BR-416, em Ibateguara

Morre soldado da PM de União dos Palmares; Flávio era envolvido em diversas polêmicas

Colisão entre carro e moto é registrada na rodovia AL-110, em Taquarana

Homem é atingido por comparsa durante execução de vítima e acaba preso após ser atendido em UPA
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
