Mensagem afirmando que alimentos alcalinos curariam o coronavírus é falsa
Revista citada como fonte não existe e argumentos são falsos
É falsa a mensagem que circula no WhatsApp, afirmando que para vencer o coronavírus bastaria consumir alimentos com o pH mais alto. A mensagem ainda cita alimentos supostamente ácidos como alho, limão, tangerina, abacate, entre outros. O texto falso ainda diz que a doença possui um pH que varia de 5,5 a 8,5 e atribui a informação a uma pesquisa, da edição de março deste ano, de uma suposta revista de virologia.
Não foi possível localizar nenhuma revista científica recente por nome “Revista de Virologia”. As únicas citações a uma revista com esse nome são de artigos científicos escritos entre 1991 e 1992, o que pode indicar que durante um período muito curto foi publicada uma revista com esse nome, no entanto ela já não existe faz bastante tempo, por isso não poderia ter publicado nada em 2020.
De acordo com a médica infectologista Mardjane Alves, do Hospital Helvio Auto, não há embasamento científico que comprove a eficácia do que é abordado na mensagem. “Medidas que não são comprovadas cientificamente podem atrapalhar as medidas de proteção que realmente são eficazes”, explica.
A médica afirma ainda que é necessário seguir as recomendações dos órgãos de saúde sobre a prevenção da doença e não acreditar em receitas divulgadas nas redes sociais. “Para se proteger do coronavírus mantenha as mãos limpas, usando água e sabão ou álcool gel, tenha cuidado com a higiene respiratória e evite ambientes fechados e com aglomerações. Focar em medidas que não têm eficácia comprovada pode fazer com que a gente se descuide das que, de fato, são protetoras”, finaliza Alves.
Alagoas Sem Fake
Com foco no combate à desinformação, a editoria Alagoas Sem Fake verifica, todos os dias, mensagens e conteúdos compartilhados, principalmente em redes sociais, sobre assuntos relacionados ao novo coronavírus em Alagoas. O cidadão poderá enviar mensagens, vídeos ou áudios a serem checados por meio do WhatsApp, no número: (82) 98161-5890.