Motoristas de aplicativo relatam rotina de higienização e medo em AL
Confira dicas do infectologista sobre cuidados dentro de carros
Desde o fim do último mês, a maioria dos alagoanos está em casa sem trabalhar ou fazendo home office, como medida de combate ao novo coronavírus e como determina o Decreto de Emergência do Governo do Estado.
Além dos profissionais da saúde, funcionários de supermercados e garis, os motoristas de transporte por aplicativo continuam nas ruas, correndo risco a cada novo passageiro que entra no veículo.
Ao 7Segundos, o motorista Anselmo Romão, de 33 anos, afirmou que parar nunca foi uma opção. Ele conta que toma o máximo de cuidado possível porque a mãe sofre de problemas pulmonares e está no grupo de risco.
“Ninguém trabalha por esporte. Ninguém trabalha de 5h da manhã às 18h da noite brincando. Não adianta pensar nisso porque os boletos não param de chegar. A gente sente um pouco de medo porque o Sistema Único de Saúde no Brasil (SUS) é precário, é horrível. Nosso HGE é caótico, mas infelizmente temos que trabalhar”, explicou.
Anselmo Romão relatou que vai a um posto de combustíveis para lavar as mãos pelo menos duas ou três vezes ao dia, além de higienizar constantemente com álcool em gel. Ele também limpa maçanetas e o volante diariamente.
“Consegui comprar cinco litros de álcool em gel. É isso que nos resta fazer, redobrar o cuidado com a limpeza”, disse.
Ele também contou que o número de corridas despencou após a pandemia se alastrar pelo Brasil. “A gente que é autônomo está sofrendo as duras cargas dessa crise, está sobrando para gente. As pessoas que trabalhavam com carro alugado tiveram que devolver. É uma bola de neve”.
O motorista de transporte por aplicativo, Pedro Ferreira, 34 anos, contou ao 7Segundos que antes chegava a fazer até 25 corridas por dia e, agora, consegue fazer dez com o “maior sacrifício”.

“Ando com as janelas abertas, uso álcool em gel nas mãos e nas maçanetas do carro e alguns motoristas estão usando máscaras. Eu não moro com pessoas do grupo de risco, mas alguns que moram não estão mais trabalhando. Eles correrem o risco de ser portadores e levarem [o vírus] para casa”, disse.
Para o motorista Pedro Ferreira, parar de trabalhar também não é uma opção. “Estamos vivendo duas grandes crises. Temos que ter sabedoria nessa hora. O auxílio de R$ 600 é uma ajuda, mas não dá para pagar contas e fazer feiras”, afirmou.
Ele se referiu ao auxílio emergencial aprovado pelo Congresso que será concedido a trabalhadores informais e microempreendedores individuais. Mais de 30 atividades serão contempladas, incluindo motorista de aplicativo.
Dicas do especialista
O 7Segundos pediu dicas para o infectologista do Hospital Escola Hélvio Auto, Dr. Fernando Maia. Confira:
1) Andar com os vidros abertos
2) Higienizar as mãos ao fim de cada corrida
3) Higienizar as mãos após pegar em dinheiro
4) Lavar as mãos no fim de cada dia de trabalho
5) Tomar banho e trocar roupas ao voltar para casa
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