Rodrigo Maia e governadores lamentam demissão de Mandetta do ministério da Saúde
Oposição e apoiadores de Bolsonaro lamentaram a saída
Após o anúncio da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira (16), o ex-titular da Saúde foi homenageado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"A nossa homenagem ao ministro Mandetta pela sua dedicação, compreensão e tentativa de fazer um diálogo pelo bem-estar da população. O ministro deixa um legado e uma estrutura para que o Brasil tenha condição de atender a sociedade nesse momento. Agradeço ao ministro e tenho certeza que falo em nome da maioria da Casa", declarou Maia.
Parlamentares da oposição também se manifestaram. O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) chamou a exoneração de "picuinha". “Em um momento de crise tão profunda, que nós nos preocupamos com superlotação de leitos, temos o afastamento do ministro da Saúde. Num momento como esse estamos preocupados com picuinhas e não cuidando nos nossos”, disse, durante a sessão.
No Twitter, Freixo disse que Bolsonaro é "genocida". "Mandetta cai porque enfrentou a pandemia com responsabilidade, e Bolsonaro não tolera isso. É um genocida", escreveu.
O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), também criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela decisão. “Desde o começo desta crise, Bolsonaro escolheu o caminho da negação e guiou suas decisões pelo achismo, politizando o que deveriam ser ações técnicas com critérios científicos", disse. "No auge de sua mediocridade, não tolera um auxiliar se destacando mais do que ele. Um comportamento irresponsável de quem está mais preocupado com sua reeleição do que em salvar as vidas dos brasileiros”.
A líder do PCdoB, Perpétua Almeida (AC), disse que Bolsonaro "carregará nas costas o agravamento da crise e das mortes que virão pela frente". "O presidente tem o direito de demitir e trocar ministros. Ele só não tem o direito de botar em mais riscos à saúde dos brasileiros", escreveu. "Bolsonaro age de forma pequena, politiqueira e irresponsável e ciumento, porque demite o ministro que está muito melhor avaliado do que ele".
Manifestação dos governadores
Pelas redes sociais, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT) também expressou preocupação com a troca. "[A saída de Mandetta] representa uma enorme perda para o Brasil", escreveu.
O paulista João Doria (PSDB) concordou e agradeceu pelo apoio do ex-ministro. "A saída de Mandetta é uma perda para o Brasil", escreveu. "esejo êxito ao novo Ministro da Saúde, Nelson Teich, e espero que siga procedimentos técnicos e atenda às recomendações da OMS".
Na quarta-feira (15), Doria havia dito que a demissão de Mandetta seria um desastre e um risco para a saúde.
Ronaldo Caiado (DEM-GO) também cumprimentou Mandetta pelo Twitter. "Fez do nosso País, com todas as suas limitações na área da Saúde, referência internacional de como enfrentar a propagação do coronavírus. Salvou milhares de vidas", escreveu.
O gaúcho Eduardo Leite (PSDB) lamentou a "saída de um ministro que coordenou com competência e dedicação exemplar a política de enfrentamento ao COVID-19" e desejou êxito ao novo chefe da Saúde.
É a mesma posição do pernambucano Paulo Câmara (PSB). "O Brasil precisa de estabilidade e unidade. Espero que as decisões, no Governo Federal, sejam orientadas pelo que defendem os organismos internacionais e a ciência", escreveu.
Senadores demonstram preocupação
Senadores também se manifestaram. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição do Senado disse que recebeu a notícia com preocupação. "Vaidade e falta de diálogo marcaram mais esse triste episódio do governo", escreveu. "O nosso único inimigo deveria ser o coronavírus. Bolsonaro em cada ato seu leva o Brasil para o buraco!"
Angelo Coronel (PSD-BA) disse que Mandetta caiu por não aceitar a "subserviência".
A senadora Eliziane Gama (MA), líder do Cidadania na Casa, disse que recebeu com temor a notícia. "No ofício de ministro, [Mandetta] teve coragem ao não se submeter às loucuras de um presidente que se mostrou tantas vezes irresponsável", escreveu.
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