Ministério Público discute c a Seduc metodologia de ensino para cumprimento do ano letivo 2020
De acordo com o promotor de justiça Lucas Sachsida, coordenador do Núcleo de Defesa da Educação do MPAL, o encontro on-line foi bastante produtivo
O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) discutiram, na manhã desta quinta-feira (30), alternativas para que o ano letivo de milhares de alunos da rede pública de ensino não seja prejudicado em razão da suspensão das aulas por conta da pandemia da Covid-19. Durante a reunião, que aconteceu por meio de uma videoconferência, o Estado se comprometeu a realizar um estudo a respeito de como ficará o calendário escolar caso as atividades voltem à normalidade a partir do mês de junho e que nenhum novo conteúdo será compartilhado com os estudantes em aulas virtuais, que serão apenas complementares.
A preocupação do Ministério Público é que a rede estadual possa cumprir as 800 horas/aulas previstas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e pela Medida Provisória 934/20, do Executivo Federal. “Sabemos que a Seduc preparou o plano de ação pedagógica para execução do regime especial de atividades escolares não presenciais (REAENP). Mas, precisamos reconhecer que nem todos os alunos e professores possuem computadores e acesso à internet e, claro, que nem tudo pode ser executado de forma virtual. Então, era preciso que discutíssemos como se darão todas essas atividades. E o mais importante é que já avançamos”, pontuou o procurador-geral de justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.
De acordo com o promotor de justiça Lucas Sachsida, coordenador do Núcleo de Defesa da Educação do MPAL, o encontro on-line foi bastante produtivo. “Ficou definido que os 15 primeiros dias de março serão considerados como recesso antecipado e que o ensino à distância vai valer somente para atividades complementares, como aquelas para manutenção de estímulo (sem conteúdo novo). Não dá para exigir que o conteúdo programático seja dado todo por aulas virtuais porque boa parte da comunidade escolar não possui equipamentos e internet em casa. É preciso que se respeite o princípio do acesso universal” disse ele.
Reposição das aulas
Durante a reunião, também ficou consignado que a Secretaria Estadual de Educação, com o apoio do Ministério Público, vai estudar formas de reposição das aulas, admitindo a hipótese de retorno das atividades para o mês de junho e que isso pode se dar, se assim for necessário, com o aumento da carga horaria diária em mais uma hora e meia ou duas horas.
O promotor de justiça da Fazenda Pública Estadual, Jamyl Gonçalves, que, ao lado de Márcio Roberto Tenório de Albuquerque e de Lucas Sachsida, também participou da videoconferência, informou que vai aguardar que todas essas informações sejam enviadas pela Seduc para que o MPAL possa acompanhar de perto as medidas que serão adotadas.
Na discussão, também surgiu a ideia de se criarem atividades multidisciplinares para que um professor possa ajudar o outro na produção e realização dessas atividades a mais que precisarão ser criadas a partir de agora para reforçar o calendário anual de ensino.
Veja também
Últimas notícias
Suspeito invade residência e furta celular em Penedo
Homem é preso suspeito de invadir casa e matar mulher na frente dos filhos em Traipu
Justiça Federal mantém prisão de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master
Artistas igacienses ganham destaque nacional após aparição com Carlinhos Maia
Acesso ao Aldebaran pela Avenida Menino Marcelo é interditado para troca de postes
Casal mantém atendimento digital durante o feriado da Consciência Negra
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
